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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

IRONIA: EU RECOMENDO (IRONY: I RECOMMEND)

POR MARI MONTEIRO



Nunca esqueci uma frase que ouvi quando criança (não me  pergunte onde e nem de quem): “SÓ QUEM É INTELIGENTE, CONSEGUE SER IRÔNICO”. E eu era bem criança mesmo, uns nove anos... Desde então, quis saber o que era ironia, para eu ser irônica, porque queria ser muito inteligente. E não é que deu certo? Depois que entendi, nunca mais parei de usar. 


Mesmo antes de ser Professora de Língua Portuguesa, já era uma das “coisas” que não abria mão de ensinar aos meus alunos, mesmo os de quinto ano. No Ensino Médio então, falar de ironia é a glorificação da linguagem. Os jovens entendem o uso e o bom humor  que ela possibilita.  


“Ironia possui um significado retórico, ou seja, é uma figura de linguagem a qual pode conseguir expressar exatamente o oposto do que se foi dito através de uma expressão, frase de significação contrária ou o que supostamente teria que ser expresso e o seu vocábulo.A ironia também pode ser usada para nomear ou caracterizar alguma coisa, pois a ironia valoriza certos discursos. Ao usar essa figura com o objetivo de se salientar ou de produzir alguns aspectos de caráter humorístico, faz com que o emprego da ironia seja denotado como sarcasmo, onde todo o comentário terá teor sarcástico.Já em seu sentido figurado, a ironia pode ser uma contradição a qual é caracterizada pelo sarcasmo, discrepância ou zombaria.”(Fonte: https://www.significadosbr.com.br/ironia - acesso em 03 de maio d e2017) 


Especificamente no Ensino Médio, gosto de ensinar ironia a partir da letra da música “PERFEIÇÃO”, de Renato Russo.  Sobram ironias atemporais como vemos na estrofe abaixo: 



“Vamos festejar a inveja 

A intolerância e a incompreensão

Vamos festejar a violência 

E esquecer a nossa gente 

Que trabalhou honestamente a vida inteira 

E agora não tem mais direito a nada 

Vamos celebrar a aberração 

De toda a nossa falta de bom senso 

Nosso descaso por educação 

Vamos celebrar o horror 

De tudo isso - com festa, velório e caixão 

Está tudo morto e enterrado agora Já que também podemos celebrar 

A estupidez de quem cantou esta canção.”



► Vale  apena ver este  belíssimo clipe  e ouvir a canção na íntegra:



Fato é que o emprego da ironia já me livrou de dar umas boas voadoras em algumas pessoas. Ser irônica no momento certo é muito libertador. A gente consegue dizer o que quer para a pessoa e ficar aliviada sem, necessariamente, entrar numa dividida intelectual ou numa discussão que só faz desgastar. E, quando o(a) interlocutor(a) é grosso(a) então? É uma delicia poder responder  educadamente (ao mesmo tempo em que se diz o que quer) e contemplar a fisionomia confusa da pessoa. Porém, tem uma boa parcela que não entende de ironia e leva  ao “pé da letra”, tornando a comunicação meio tensa. Ainda assim, é uma alternativa perfeita para  a indelicadeza e para  a falta de educação. estou certa de que para ter lido este texto até aqui, vocês  também já se deram conta de que a ironia nos “salva”... Usemos sem moderação! garanto que evita uma série de males, entre eles um infarto (rsrs).

 


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