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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

VOLTA ÀS AULAS! MESMO??? (BACK TO CLASSROOMS! SAME???)

POR MARI MONTEIRO



Por que tentar mascarar mais uma vez o tédio e a insatisfação de voltar às aulas depois das Férias/recesso. A CULPA não é sua  e nem minha.  Quem se animaria para retornar a um trabalho que causa toda sorte de desgaste? Mas aí somos assombrados pelo nosso “complexo de  “seiláoque” e pensamos assim: “Nossa! Não posso reclamar! Quanta gente desempregada!”


O agravante é que  - ao pensar assim – sentimos culpa! E isso nos faz mal. Sou professora. Trabalho com educação há mais de vinte anos... E me sinto assim também. Tudo é muito complexo. Porque gostamos de verdade do nosso trabalho; mas, não podemos negar o quão difícil e INSALUBRE ele  é.


Prova disso é a quantidade de posts circulando nas redes sociais lamentando a volta às aulas. Com milhares de likes em páginas do Face e;  sobretudo, nas timelines dos professores. Posts como estes...






















Não que esse artigo possa solucionar nosso “mal estar”; mas é bom relembrarmos (porque lá no fundo a gente sempre soube – mas, ô raça dissimulada é a nossa!) de uma série de motivos que constituem a causa do nosso “DESÂNIMO”, pra dizer o mínimo:

- insegurança: causada por diversos aspectos que voa desde a atribuição de aulas até os inúmeros decretos assinados “na calada da noite” e que nunca vêm com boas notícias;
- especificamente este ano, a notícia de um número maior de classes sendo fechadas assombra a todos;
- a constante “surpresa” quanto ao número de alunos por sala e pelo “perfil e grau” de aprendizado no que diz respeito aos requisitos básicos para a série em curso: “SERÁ QUE TRABALHAREI COM UM QUINTO ANO  MESMO? OU TEREI QUE RETOMAR OS CONTEÚDOS DE TERCEIRO ANO?”
- e o salário? É o outro ponto que me irrita. Pois, ao mesmo tempo em que sabemos que  é injusto, convivemos com falas e com dilemas assim: “Mas professor ganha bem. Trabalha poucas horas e recebe igual a um trabalhador que cumpre oito horas de trabalho!” Gente, o infeliz que trabalha horas a mais é  que ganha muito mal também!





Poderia continuar esta lista, porém confesso que a cada item descrito me torno irada e depressiva. E, pior, só entende isso QUEM ESTÁ NO MEIO EDUCACIONAL; NO CHÃO DA ESCOLA. Quem olha de fora, com olhos de “visita”, afirma que reclamamos demais, que funcionário público é tudo relapso, que  a gente tem que educar (totalmente as crianças) sem reclamar... E blá, blá, blá... Então, por ora, fico por aqui e os deixo com um vídeo sobre NÓS professores e sobre os NÓS que  atravancam o nosso trabalho.



 

 UM EXCELENTE RETORNO ÀS AULAS PARA TODOS!

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