POR MARI MONTEIRO
EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
CRIANÇA SENDO CRIANÇA (CHILD BEING CHILD)
POR MARI MONTEIRO
Certa vez
ouvi (não me lembro d e quem) que “temos apenas sete anos para ser criança e o
resto da vida para sermos adultos.” Desde então, sempre penso nisso. Outra coisa que ouvi - e esta mais recente, numa pesquisa divulgada
pela mídia – é que idade mínima
RECOMENDAVEL para que uma criança tenha um tablet; Ipad; celular etc é DOZE
ANOS.
As
propagandas do dia da Criança – nos canais por assinatura – incluem CELULARES e
IPads como sugestões de presente. Não
que eu seja radicalmente contra o acesso das crianças a aparelhos eletrônicos,
afinal eles nasceram na Era Digital. A questão é o quão patético é você ver
pais e filhos; inclusive, em eventos, cada
um no seu celular... Apáticos, sem trocar palavras. Já sei. Vão dizer: “Lá vem
a Mari com a história do EQULÍBRIO!”
Sim, Insisto há que se dar um jeito nisso. Logo não conseguiremos mais
conversar com nossos filhos e netos pessoalmente.
Reparem numa
criança de 3, 4, 5 anos... Assistindo vídeos no celular. Eu reparo nisso. Gente
é MACABRO. Nem piscam. A gente precisa chamar três ou quatro vezes pra criatura
perceber que estamos ali. E os olhos? Percebam que ficam “secos”; absortos... E,
junto com vídeos, milhares de anúncios
eficazes para fixar o “CONSUMISMO TOUCH”.
Além disso, já presenciei em vários lugares e em situações diferentes, adultos "dando" o próprio celular para a criança se "entreter". Outro dia esta cena no consultório médico: a criança não tinha dois anos ainda, ficou inquieta no colo e a primeira coisa que a mãe fez foi ligar o celular num joguinho barulhento e colocar nas mãos da criança. Pronto. Fez se o silêncio!
E o que isso
tudo tem a ver com o Dia da Criança?
Tudo. Tenho certeza de que os pais que puderem presentearão suas crianças com algum aparelho eletrônico.
O que eu tenho a ver com isso? Nada. Apenas estou lhe convidando para pensarmos
juntos.
Por outro
lado, sou radicalmente contra a
ADULTIZAÇÃO e a EROTIZAÇÃO da criança. Ela simplesmente não tem mais parâmetros;
o que equivale a não ter escolhas. São
bombardeadas com crianças com visuais de adultos, com tutorias de make e com coreografias
de funk no Youtube. Nós tivemos
escolhas. Somos privilegiados. Conhecemos o analógico e o digital. VIVENCIAMOS A TRANSIÇÃO. Eles
não sabem o que é a pré internet.
Muitos dirão: "Mas os tempos são outros! Agora é tudo diferente e mais perigoso!" E eu direi: "Mas, ainda existem parques; terra. grama. espaço e algum,as árvores... AINDA. Quanto a ser um tempo mais perigoso, ficar "conectado", preso em casa, crescer atrás de uma telinha também tem certo, grau de periculosidade.
Enfim, a proposta é que pensemos juntos sobre o que a gente faz ou deixa de fazer com as crianças
não apenas no “seu dia”; mas “vezenquando”. A gente:
- Conta histórias?
- Lê livros
pra eles antes de dormir?
- Brinca na
praça?
- Anda de
bicicleta?
- Solta
pipa?
- Joga bola?
- Conversa
sobre a escola e sobre o dia?
-
Estimula a curiosidade?
- Desliga a TV e propõe uma brincadeira?
- Canta
junto?
- Dança
junto?
- Imagina
desenhos nas nuvens?
- Vê o por
do sol?
- Mostra a
Lua?
- Vê retratos e conta sobre sua infância?
- Ensina de
onde vêm os alimentos?
- Pula amarelinha?
- Faz uma “prece”
junto? (nada a ver com religião, mas com
fé - a fé que você acredita)
- Brincam
com um pet? (nem que seja um beta no
aquário?)
- Toma banho
de chuva?
- Explica de onde vem os alimentos?
- Ensina a valorizar toda forma de trabalho?
- Pula
corda?
- Faz brinquedos em casa?
- Ensina cuidar do meio ambiente?
- Faz as refeições à mesa?
- Tem um balanço
no jardim de casa ( ou na casa dos avós)
- Se
preocupa em ter um quintal?
- Anda
descalço na terra?
- Planta árvores
ou flores? (Pode ser um cacto
pequenininho..)
- Colhe
fruta do pé?
Então, não
reclamemos e nem temamos o futuro do Planeta... Nós contribuímos todos os dias para o aumento da
INDIFERENÇA; para a “mecanização” das ações; para o descaso; para o silêncio e
para dias obscuro e perspectivas duvidosas.
Muitos dirão: "Mas os tempos são outros! Agora é tudo diferente e mais perigoso!" E eu direi: "Mas, ainda existem parques; terra. grama. espaço e algum,as árvores... AINDA. Quanto a ser um tempo mais perigoso, ficar "conectado", preso em casa, crescer atrás de uma telinha também tem certo, grau de periculosidade.
Enfim, a proposta é que pensemos juntos sobre o que a gente faz ou deixa de fazer com as crianças não apenas no “seu dia”; mas “vezenquando”. A gente:
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
E TUDO MUDOU... (AND EVERYTHING CHANGED ...)
O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
Escova virou chapinha
"Problemas de moça” viraram TPM
Confete virou M&M’s
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou glitter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê…
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por e-mail
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do “não” não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato, Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis, Todos anjos Agora só tocam lira…
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz… … De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças
(Por Luis Fernando Veríssimo)
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