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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

domingo, 11 de dezembro de 2016

OPERAÇÃO PAPAI NOEL

POR MARI MONTEIRO


Nunca se falou tanto em política. Houve até uma “brincadeira” nas redes  sociais (pertinente até rsrs), cujo post – após a eleição de Trump –  dizia: “Nossa! Hoje todo mundo amanheceu entendendo de política internacional!” Isso por si só já é um bom sinal. Sobretudo, se pensarmos que até bem pouco tempo atrás quase não se falava em política. Nossa culpa? Sim  e Não. Sim, porque deveríamos nos interessar mais pelo assunto. E não, porque fomos educados para NÃO PENSAR. Crescemos ouvindo:  “Política e religião não se discute.”

Bem. E o que tem o Natal a ver com política? Com a eleição de Trump? Com  a corrupção? Com propinas? Com ética? Com o sucateamento da educação, da saúde e da segurança? T – U – D –O! Absolutamente tudo! O natal remonta à confraternização e – também por conta dos hábitos e da cultura – à troca de presentes. E, como pensar e fazer tudo isso nesse caos político e social? Inclusive, há quem acredite que o Natal serve para esquecermos todas as desavenças, para perdoar, para ficar em paz e sermos solidários.

Pois bem, estamos vivendo tempos difíceis. O que não é novidade. A diferença é que agora temos mais consciência disso tudo. Estamos  expostos  a um bombardeio de informações.  A mídia, ao mesmo tempo em que informa sobre todos os acontecimentos, também age como se nada estivesse acontecendo.  Não é raro aparecerem, nos telejornais, economistas nos dando dicas financeiras sobre como gastar o décimo terceiro salário. O que me faz crer que das duas, uma: ou sou muito pobre ou sou muito alienada. Porque não é possível fazer planos para o décimo terceiro quando se é assalariado. Isso só é possível para quem tem um poder aquisitivo maior e consegue planejar em suas planilhas Excel  ou junto aos contadores.


Mas, nada disso impedirá o natal de chegar para todos. A questão é: será natal para todos? Todas as mesas estarão fartas? Todos os lares terão árvores de natal? Todos trocarão presentes? E quando digo “todos”, não estou falando dos meus familiares, do meu bairro, da minha cidade, do Brasil... Falo da humanidade. Daí a menção sobre Donald Trump. A título de exemplificação, sua eleição foi apenas mais um agravante para este mundo já tão cheio de temores e de insegurança. Isso para "tocar" apenas a ponta do iceberg em questão de HUMANIDADE. No mais, só o tempo dirá...

Fato é que o  pensamento individual e o hábito de  olhar para o próprio umbigo são os comportamentos que imperam atualmente. Ouso dizer que NÃO CABE MAIS SER ASSIM. A menos que a pessoa seja completamente  indiferente e muito egoísta. E, nesse caso, ela pertence a outra classificação que não a de ser humano. Este  meu pensamento “narniano” (costumo dizer que  meu guarda roupas tem uma passagem secreta para Nárina! Rsrs) é,constantemente, alvo de críticas e de descrédito. Não me importo com isso. Não sou boa em pensar que só no que me atinge diretamente; não sou muito "lógica"... Sou parte de um todo e esse "todo" adoecido me incomoda. A fome na África me incomoda.  As crescentes ondas de racismo nos EUA me incomodam. A violência no Rio de Janeiro me incomoda. A construção de um prédio de dezesseis andares, que rouba o sol do meu quintal me incomoda.




O que cabe agora, que “estamos todos entendidos em política”, é pensar no outro. A empatia nunca foi tão necessária, Apenas ela impedirá que a barbárie se estabeleça e fique para o jantar. Uma pessoa, quando pratica  a empatia, pensa além de si mesma, além de sua casa, ale de suas “fronteiras”.

Para além do consumo  e das dívidas (e das dúvidas...) peçamos presente plausíveis, possíveis e úteis neste natal; sobretudo, peçamos presentes duradouros e que INDEPENDEM DE DINHEIRO e,  na maioria dos casos; dos outros. Façamos uma lista. Uma lista dos SENTIMENTOS QUE NOS FALTAM ou que  estão em extinção em nós. Confesso que tenho uma lista razoável para o Papai Noel. Quero de presente: paz de espírito; coragem; vontade; alegria; sabedoria e por aí vai... Certamente, Noel teria que trabalhar muito para atender pedidos assim... Sem contar que teria de sair de zona de conforto e fazer caber em seu trenó “coisas” sem caixas de papel e sem laços.

Quanto aos presentes materiais, se  puder ótimo! Presenteie a quem você estima. Mas faça isso de forma consciente. Compre no seu bairro; do seu vizinho artesão; daquela sua vizinha que faz panetones caseiros... As grandes lojas e corporações não precisam de nós... Há muitos robôs por lá e, muito provavelmente, um "líder" que explora a mão de obra e que, por sua vez, está à mercê de um país cujos impostos "travam" toda e qualquer iniciativa corporativa.

E, para quem leu este artigo e acha que  estou equivocada... Que  estou muito “Alice no País das Maravilhas”, mostre-me uma forma diferente de lidar com essa porra toda! Ensine-me  a lidar com as dores do “outro” que também doem em mim. E, para quem não tem  a menor tendência a ser empático (a), uma sugestão: peça um pouco de EMPATIA de presente de Natal. Vai que  Papai Noel  se sensibilize, saia de seu trono nos grandes shoppings (estão fazendo bico lá...) e visite seu lar... Não custa tentar.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

ENQUANTO ISSO NA SALA DE JUSTIÇA: CAOS EM BRASILIA (WHILE THIS IN THE ROOM OF JUSTICE: CHAOS IN BRASILIA)

POR MARI MONTEIRO


De uns tempos pra cá, até por conta do acesso rápido e fácil às informações, desnudaram-se os bastidores da política no Brasil (ou seria “da politicagem”). O que  é MUITO BOM.

Ontem, 29 de novembro,  eu estava eu vendo  pela TV, ao vivo, o quebra-quebra em Brasília, que  se estenderia pela noite afora.  Lado bom: temos mais consciência do que é correto; estamos analisando leis; pressionando; participando... Lado mau: o vandalismo; a truculência...

Ocorre que as DEZ MEDIDAS CONTRA CORRUPÇÃO estão sendo discutidas e posteriormente serão votadas na Câmara Alta do Parlamento. O que se percebia eram  um completo caos  e nenhum diálogo consistente. O medo que impera entre os políticos (já denunciados ou não é visível). Ninguém com “pulso forte” suficiente (entenda-se alguém com moral e com  ética para tal) para fazer com que as medidas sejam votadas de modo a restabelecer a ordem e dar continuidade efetiva às operações implementadas pelo Ministério Público.

Mais cedo, inclusive, o Juiz Sergio Moro pediu apoio à sociedade para que ficássemos atentos às armadilhas que limitem o Poder Judiciário... Pois, caso contrário, corremos o risco de haver punição aos magistrados por abuso de poder.



Um ponto: onde já se viu PUNIR QUEM QUER FAZER JUSTIÇA? E a anistia do Caixa Dois, que beneficiaria, inclusive, pessoas já condenadas pela Lava- jato? É vergonhoso que isso careça de discussão. Seria para votar  e pronto! Mas, e honestidade para isso? Cadê?



Enquanto isso, lá fora, na Esplanada dos Ministérios: bombas, carros incendiados. Ministérios depredados, destruição de patrimônio público, cavalaria, gás de pimenta etc. Não entendam isso como uma defesa ao vandalismo, pelo contrário, sou a favor de MANIFESTOS PACÍFICOS E INTELIGENTES. Porém, nosso país chegou numa situação  tal  em que o cidadão (me incluo) sente-se um completo idiota; como uma pessoa SEM VOZ, que mesmo gritando não é consegue ser ouvido, imerso em uma bolha inflada com desemprego; falta de condições básicas de sobrevivência; sem perspectivas de futuro para si e, muito menos, para os  seus, para a próxima geração...



Pois bem, o dia amanheceu. São 10h09 minutos e... Adivinhem: de agora em diante NÃO HAVERÁ PUNIÇÃO PARA O MAGISTRADO POR ABUSO DE AUTORIDADE. E, pasmem!!! Há  parlamentares satisfeitos afirmando que o Brasil avançou politicamente. Sério isso? É de chorar de tristeza e de vergonha.

Só consigo me lembrar da letra de Renato Russo “Que país é esse?”, escrita há décadas, que – insisto, NÃO É CLICHÊ! É UM CLÁSSICO! E, mais precisamente dos versos:


“Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação.”




Por agora já deu... Sinto náuseas... Volto logo menos com mais acontecimentos. Com notícia do estado de “saúde” do Brasil que continua cada vez mais doente na UTI; isso é, se os políticos não desligarem os aparelhos antes.




domingo, 27 de novembro de 2016

SOBRE A SAÚDE MENTAL E FÍSICA DO PROFESSOR – PARTE I (ON MENTAL AND PHYSICAL HEALTH OF THE TEACHER - 1st CHAPTER)

POR MARI MONTEIRO



Não é a primeira vez que abordo esse assunto aqui no blog. As agressões aos professores são muito mais “corriqueiras” do que parecem. Isso porque  a mídia deve estar ocupada demais com os escândalos políticos e com a crise econômica.  Porém, quando ocorre o contrário; ou seja, quando um professor agride verbal ou fisicamente um aluno, a notícia  alcança maior destaque.


Conflitos em sala de aula sempre houve. Ocorre que atualmente  a coisa degringolou de tal forma que não  nos ocupamos mais em ensinar, mas sim em nos preocupar em “apagar incêndios”.  Os conteúdos de ensino cederam lugar às mediações de conflito; às conversas sobre comportamentos que não são aceitos em sala de aula (ao menos não deveriam ser) etc.




Neste exato momento, estou concluindo meu artigo de pós-graduação cujo título é: “QUALIDADE DE VIDA DO DOCENTE NA REDE PÚBLICA DE ENSINO”; logo menos  estará postado por aqui na íntegra.  Fato é que, ao elaborar a discussão sobre  este tema, fiquei assombrada com a FALTA DE MATERIAL a respeito da saúde do professor; principalmente, sobre as causas das doenças que acometem o docente, geralmente em decorrência de traumas  advindos de agressões verbais e/ou orais e, acreditem, agressões físicas!




Em tempo, no caso da Professora Daniela (detalhes no link abaixo), percebemos até onde pode ir a  falta de respeito com o outro. E o que fazer com o aluno agressor? Cadê os Direitos Humanos? E esta professora contará com auxílio psicológico antes de retomar suas atividades? Vamos  falar sério: vão falar  que  o aluno está amparado pelo  ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e ficará por isso mesmo como tantos outros casos. Pois bem, e que ampara o professor? NIN – GUÉM.


Não sei se por COMODISMO; se por INDIFERENÇA ou se por FALTA DE VONTADE... Continuamos a levar nossas vidas fingindo que nada acontece.  Com certeza já tem um profissional substituindo a professora que foi hospitalizada... Tudo para que os alunos NÃO TENHAM PREJUÍZO e que se cumpra o mínimo de dias letivos exigidos na Lei. E fingimos que está tudo bem. Fingimos MUITO... Fingimos que nenhuma escola está ocupada; que o salário de professor é suficientemente “BOM” (tão bom que onera os cofres públicos); que é um trabalho tranquilo... E a lista segue...




Não consigo me  aquietar e muito menos “me acostumar” a situações de violência (de qualquer tipo). Tenho amigos professores que sofreram agressões serias; inclusive, um deles enfartou na sala de aula na frente dos alunos; outros trabalham completamente descontrolados ao ponto de chorar em sala de aula... Pergunto-me em quantas profissões acontece isso. Certamente todas têm seus riscos... Também é verdade que toda “empresa” tem um departamento de Recursos Humanos a quem o profissional pode recorrer. O que não temos na Escola. Podem me perguntar: “E A GESTÃO?”. A Gestão está tão perdida e mergulhada na burocracia que  prioriza a “parte técnica do sistema”, além de estar meio que de mãos atadas por conta de tanto “AMPARO” ao menor de idade.  



Enfim, lidar com SERES HUMANOS (sejam crianças ou adolescentes) NÃO PODE SER ASSIM.  Já passou da hora de reivindicar QUALIDADE DE VIDA; um professor “doente” mental ou fisicamente não SENTE PRAZER em trabalhar, a menos que ele seja um socipopata ou muito masoquista.  Mas, a grande questão é: QUEM SE IMPORTA? Voltaremos a conversar sobre isso em breve.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

FILME RECOMENDADO: “O REGRESSO” – PROJETO “CINEMA EM CENA” – (RECOMMENDED FILM: "THE REVENANT" - PROJECT "CINEMA IN SCENE")

POR MARI MONTEIRO



Trata-se de um filme forte, no sentido mais amplo da palavra. O instinto de sobrevivência e a sede por vingança constituem os enfoques principais do enredo que nos prende, inclusive, pela fotografia belíssima. Outro aspecto que me chamou muita atenção foi a capacidade que o filme possui de nos fazer sentir “junto com o protagonista”. Isso porque é tudo muito bem cuidado: o barulho da chuva, das águas, do vento nas árvores, do fogo... Foi possível sentir frio e “ouvir” o gelo derretendo. Além disso, é impossível ficar indiferente às cenas e ao calvário do protagonista. Tudo nos convida a questionamentos como: “nossa relação com a Terra” e nosso GRAU DE CIVILIDADE (o quanto evoluímos ou não...).

Outro aspecto:  ATENÇÃO À CENA DO CAVALO... Em minha opinião, um das cenas mais fortes do filme.  Sinta-se à vontade para comentar e registrar sua cena preferida.

Para que possam ser realizadas ATIVIDADES  PEDAGÓGICAS relacionadas ao filme, contemplando o PROJETO: “CINEMA EM CENA”, seguem as principais informações e sugestões de temáticas/áreas de ensino.

SINOPSE: Não recomendado para menores de 16 anos. 1822. Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) parte para o oeste americano disposto a ganhar dinheiro caçando. Atacado por um urso fica seriamente ferido e é abandonado à própria sorte pelo parceiro John Fitzgerald (Tom Hardy), que ainda rouba seus pertences. Entretanto, mesmo com toda adversidade, Glass consegue sobreviver e inicia uma árdua jornada em busca de vingança. Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-182266 - acesso em 21/11/2016.  


"Durante a tempestade, se você olhar para os galhos de uma árvore, você irá jurar que ela vai cair, mas se olhar para o seu tronco, verá a sua estabilidade" (Citação do filme) 
 

Vencedor do Oscar 2016 nas categorias: melhor ator ( Leonardo DiCaprio); melhor diretor e melhor fotografia.
  

A história de Hugh Glass gerou quatro livros e o último deles foi The Revenant, de Michael Punke, publicado em 2002. Não lançado no Brasil. O roteiro de O Regresso foi feito pelo próprio Alexandre González Iñárritu em parceiro com Mark L Smith. Iñárritu não poderia ter escolhido parceiro melhor. Smith é especializado em filmes de terror e suspense, como Temos Vagas (2007). A história ou a lenda de Hugh Glass já tem muito suspense e reviravolta por si só, porém, os dois conseguiram conectar os diferentes episódios de maneira que fizessem sentido e que todas as ações tivessem uma razão de ser. Até o ataque da ursa tem um motivo. Porém, fazem isso sem serem didáticos ou pedantes para com o público. O texto também desperta diferentes sensações e sentimentos nos espectadores, como surpresa, compaixão, ódio e ternura.



A direção de Alexandre Iñárritu em O Regresso justifica perfeitamente a sua indicação ao Oscar deste ano. A decisão dele em levar a equipe toda para lugares remotos no Canadá e Argentina, apesar de reclamações e irritações levantadas, fez toda a diferença. Elementos como a neve, a chuva, o rio e o vento demonstram como a natureza é um dos principais personagens desta trama. Esta deve ter sido a “integrante” mais difícil de lidar de todo o elenco, provavelmente.


Leonardo DiCaprio, também indicado ao Oscar pelo filme, demonstra mais uma vez a sua capacidade de interpretação. O seu personagem passa por situações dificílimas e ele só demonstra pela expressão, muitas vezes – como deve ser em uma boa atuação – todo o sofrimento e a angústia pelo qual está passando. Tom Hardy está bem também, interpretando um canalha. Hardy está ficando especialista neste tipo de personagem.




Já Will Poulter não está tão bem em seu papel, pois se comporta como em alguns personagens interpretados por ele. Ao contrário de Forrest Goodluck que, apesar da pouquíssima experiência cinematográfica, deixa transparece o trauma enfrentado pelo seu personagem e a afetuosa relação deste com o personagem de DiCaprio. Merecem destaque, também, os atores que fazem os índios das etnias Arikara e Pawnee, como Anthony Starlight, que interpreta o chefe do grupo da primeira, em seu segundo longa na vida; a atriz Melaw Nakehk’o, que faz a filha do personagem de Starlight e Arthur RedCloud, que interpreta o índio que acaba ajudando para Glass. Fonte:  https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criticas/2016/02/critica-o-regresso - acesso em 21/11/2016) 


A partir do enredo do filme e de suas inúmeras provocações, é possível desenvolver atividades  destinadas ao ENSINO MÉDIO  relacionadas às seguintes áreas:

 - HISTÓRIA: a colonização pelos europeus  e Norte -  Americanos / Conflitos entre índios e brancos.

- SOCIOLOGIA: o machismo arraigado (cena do estupro).

- GEOGRAFIA: fenômenos da natureza; paisagens etc.

- FILOSOFIA: noções de civilidade e de barbárie; relações humanas.- Etc. 


Bom trabalho! Até o próximo filme!

 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ENEM: RECOMENDAÇÕES ÚTEIS (EXAMINATION OF NATIONAL HIGH SCHOOL: USEFUL RECOMMENDATIONS)

POR MARI MONTEIRO







Nos próximos dias  05 e 06 acontecerá o ENEM. Suponhamos que já tenhamos “esgotado” os estudos dos conteúdos prováveis e estejamos  exaustos e nossa maior vontade é descansar.  Por outro lado, é   a última semana e, claro, queremos aproveitá-la  ao máximo. Então, que tal fazer um cronograma de modo que nos dias de prova estejamos não apenas PREPARADOS Intelectualmente; mas também FÍSICA E PSICOLOGICAMENTE?
 

Fonte: "Na sua estante" (Pitty)


Segue uma sugestão de cronograma que, obviamente, você pode ajustá-lo de acordo com seu RITMO e DISPONIBILIDADE DE HORÁRIOS:
  


Segunda- feira: Listar as principais dúvidas e /ou dificuldades e agendar um grupo de estudos para terça e quarta feiras. Preferencialmente, procure formar grupos nos quais os membros possam trocar conhecimentos; ou seja, aqueles que são “feras” em Linguagens e Códigos, por exemplo, possam auxiliar a galera de exatas e  vice-versa. 



Terça-feira: Grupo de  estudos para tirar dúvidas.
 


Quarta - feira: Grupo de estudos para tirar dúvidas. 


Quinta - feira: listar os principais assuntos da atualidade e procurar inteirar-se sobre eles do modo mais eficiente possível: leituras de artigos; reportagens etc. Lembrando que os temas mais cotados para este ano são:


-MINORIAS SOCIAIS:  minorias sociais religiosas, étnicas, de gênero, de orientação sexual, de condição financeira, os deficientes físicos e intelectuais dentre outros.

- DIREITOS HUMANOS

- REFUGIADOS

- HOMOFOBIA NA ESCOLA

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ( e um possível vínculo deste tema com a Reforma da Previdência Social)

-  Cultura do estupro no Brasil

-  Projeto Escola Sem Partido

-  A Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes 

- A Questão Hídrica no Brasil – desperdício e falta de água e outros 



Sexta - feira: pratique alguma atividade física pela manhã; alimente-se bem; confira sua documentação; bem como, trajeto até o local de realização da prova.  Organize seus pertences: estojos; barras de cereais; água etc. Durma bem e relaxe; se possível também durante a tarde. 


► Por fim, nos dias das provas: levante com o máximo de antecipação possível e relaxe depois do banho. Faça tudo com calma. Chegue mais cedo ao local... E relaxe. Dica: tirar dúvidas NO DIA não ajuda, só confunde. FOCOS DIFERENTES PARA CADA DIA DE PROVA. Não pense antecipadamente nas matérias do dia seguinte. O momento de desenvolver as  questões é um momento “solitário”: é você e você! É a hora em que você precisa de sua própria companhia e, principalmente, de confiar nela! 

Lembre-se: escreva  com o coração e  revise com a razão. Sua redação é uma soma de tudo que você aprendeu até hoje, seus argumentos – além de  estarem de acordo com os textos base – são o resultado de como você lida com a realidade e de como você EXPRESSA suas opiniões. O que deve ser feito com POLIDEZ e com CONVICÇÃO! 



DESEJO UM EXCELENTE EXAME A TODOS! Ah! E NÃO ACREDITEM EM SORTE... ELA NÃO EXISTE! ACREDITEM POTENCIAL INDIVIDUAL!

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

SUICÍDIO: UM ALERTA À EDUCAÇÃO (SUICIDE: A WARNING TO EDUCATION)

POR MARI MONTEIRO





É certo que falar sobre o suicídio ainda enfrenta uma grande resistência na sociedade em geral; assim como, há algumas décadas atrás se evitava falar sobre câncer; DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e AIDS. O mesmo acontece no ambiente escolar; sobretudo, quando se trata do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio. Somente quando tais assuntos deixaram de ser considerados tabus e passaram a ser discutidos em diversas instâncias, o índice de mortes diminuiu. 




Diante deste contexto, foram pensadas algumas ações que recentemente ganharam espaço na mídia e, consequentemente, espera-se que na educação também. Uma destas ações refere ao chamado “SETEMBRO AMARELO”, denominação associada ao DIA MUNDIAL DE COMBATE AO SUICÍDIO que é dia 10 de setembro.





Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), se este assunto fosse mais ampla e conscientemente abordado 9 em cada 10 suicídios poderiam ser prevenidos.





No Brasil, a iniciativa partiu do CVV (Centro de Valorização da Vida), do CFM (Conselho Federal de Medicina) e da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). As primeiras atividades relacionadas ao Setembro Amarelo aconteceram em 2014 concentradas, principalmente, em Brasília. A partir de 2015 o Movimento adquiriu uma maior exposição em todas as regiões do país; mas ainda não suficientes para abrir grandes debates e abordagens e pesquisas mais profundas sobre o tema.


Mundialmente, o IASP (Associação Internacional para Prevenção do Suicídio) estimula a divulgação desta causa e promove diversas ações que também se concentram no mês de setembro; porém trabalha em ações preventivas diversas durante o ano todo. No Brasil, existe a ABEPS (Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio). Existem outros órgão internacionais que atuam pela causa.

Algumas ações em 2015 incluem a iluminação de monumentos; passeatas; panfletagem; passeios ciclísticos se abordagens em locais públicos.





Caminhada em Blumenau - SC









No Brasil, atualmente, vivemos (muito disso graça são tabu) um aumento das vítimas de suicídio: Segundo as pesquisas, são 32 brasileiros mortos POR DIA. O agravante é justamente a FALTA DE CONVERSA SOBRE O ASSUNTO. É justamente aí que entra a ESCOLA. Juntamente com as Associações voltadas para a causa e através de pesquisas e de estudos e, obviamente, uma MAIOR APROXIMAÇÃO COM OS FAMILIARES DOS ALUNOS, a escola PRECISA abordar o tema. Os alunos devem conhecer aspectos como: principais causas; sintomas etc. Tanto alunos como professores, precisam saber que NÃO ESTÃO SOZINHOS, literalmente.

Contudo, para que isso aconteça, cabe ao professor e já até posso ouvir: “Mais isso para o professor?”; pois, mais de uma vez, aqui mesmo no blog, já defendi o profissionalismo do professor (Leia também o artigo: "O PROFESSOR E A SÍNDROME DA DEUSA DURGA" - http://educandoquem.blogspot.com.br/2013/03/o-professor-e-sindrome-da-deusa-durga.html); ou seja, o fato de sermos muito sobrecarregados de tarefas que não SÃO NOSSAS. Obs. No caso da maioria dos links informados aqui, basta copiar e colar na barra de busca.



O trabalho Interdisciplinar torna-se uma alternativa viável para a temática; pois, além de envolver diversas áreas do conhecimento, nenhum professor se sentirá sobrecarregado já que os colegas de diferentes áreas de ensino estarão envolvidos. 



O mais relevante é o diálogo tanto no ambiente escolar como na família. Este assunto precisa deixar de ser tabu; sobretudo, para que as pessoas (jovens ou adultos) sintam-se “confortáveis” para se abrir com alguém próximo; seja um(a) colega de escola; um professor com o qual tem mais afinidade ou alguém da família. Sendo que tal diálogo deve ser compartilhado entre as partes a prevenção e possível solução do problema possa ser resolvida de modo coletivo; e – o mais importante – a pessoa propensa ao suicídio deve sentir-se ACOLHIDA e não ACUADA.



Um exemplo, até certo ponto comum nas escolas, é a automutilação. Eu mesma já presenciei diversas situações em o(a) adolescente levava materiais cortantes para a escola e, no banheiro, praticava  a automutilação, numa tentativa desesperada de que a “dor psíquica” passasse para o corpo físico e, de alguma forma, se tornasse visível e - mesmo que por poucos instantes – fizesse “esquecer” das dores que somente a pessoas “vê” e sente. E, ao contrário do que a maioria pensa, este tipo de gesto não é para chamar a atenção. Tanto que os cortes são em lugares do corpo onde possam ficar escondidos: braços, coxa, barriga... Sobre isso, deixo este link muito interessante sobre o assunto: http://g1.globo.com/globo-news/estudio-i/videos/t/todos-os-videos/v/escolas-alertam-pais-sobre-a-pratica-de-automutilacao-entre-adolescentes/5167184 
















Enfim, informações sobre o tema não faltam. Há diversos textos e pesquisas que podem tirar todas as dúvidas possíveis. O mais importante é que pais e professores devem estar atentos aos “sintomas” que antecedem o ato suicida. Porém, o que impera é aquela ideia desprezível e clichê de que “QUEM FALA, NÃO FAZ!”... Faz sim! Assim, uma das primeiras coisas a fazer, após observar determinados comportamentos, é OUVIR, dar crédito às histórias de vida de cada um. O que é bem diferente de “dar sermão”. Quem som os nós pra dar sermão? QUEM PODE MENSURAR A DOR DO OUTRO? “Todos têm suas próprias razões.” (Renato Russo).




Mais informações, acesse o link abaixo! Bom trabalho! http://www.setembroamarelo.org.br










segunda-feira, 22 de agosto de 2016

ESCREVER SEM MEDO: REDAÇÃO ENEM 2016 - WRITE FEARLESS: ESSAY ENEM 2016

POR MARI MONTEIRO



“Sei tudo sobre o tema, mas não consigo colocar no papel.” Perdi a conta de quantas vezes já ouvi essa frase dos meus alunos. Realmente não é fácil expressar ideias e opiniões por escrito; principalmente, quando temos de usar a linguagem formal e sabemos que seremos avaliados em vários quesitos. 

A Redação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é um exemplo disso. No caso do Enem, o formato de redação escolhido, inclusive pela grande parte dos vestibulares, é a dissertação-argumentativa. Esse estilo de redação possibilita que o estudante construa uma tese inicial e a defenda diferentes pontos de vista ao longo do texto.


Particularmente, considero este o estilo mais fácil de ser entendido e, consequentemente, escrito. Costumo dizer aos meus alunos que o principal objetivo de uma dissertação argumentativa é CONVENCER O LEITOR, o que deve ser feito através de ideias claras e de um texto muito bem escrito.

Antes de iniciar os  estudos para  a redação, é importante saber como seu texto será avaliado, assim como, o "peso" atribuído a  cada Proficiência. Observe a tabela abaixo:





Além disso, como acontecem todos os anos, especulamos algumas possibilidades de tem, as para a redação do ENEM do ano vigente. E, como não conseguimos garantir o acerto com relação ao tema, cabe aos candidatos alguns procedimentos importantes. Dentre eles, destaco:



- ASSISTIR BONS TELEJORNAIS;
- LER BOAS OBRAS, REPORTAGENS E NOTÍCIAS;
- PARTICIPAR DE PALESTRAS,                 DE DEBATES/CONVERSAS/FÓRUNS;
- ESCREVER E REESCREVER SEUS TEXTOS.





Sobre escrever, é interessante escolher temas variados e relevantes da atualidade, fazer uma pesquisa sobre os assuntos, POSICIONAR-SE e escrever sobre os mesmos. Para tanto, aconselho sempre: “ESCREVA PRIMEIRO COM O CORAÇÃO E DEPOIS COM A RAZÃO”. Quero dizer que numa primeira escrita sua você precisa deixar fluir as ideias acerca do tema e de seu posicionamento, com base nas informações obtidas sobre o tema. Outro procedimento que aconselho é “DEIXAR SUA REDAÇÃO DESCANSAR.” Ou seja, escreva e guarde-a de um dia para o outro, no mínimo, depois releia. Você ficará surpreso com o tanto de modificações que fará.



Não há outra forma para escrever bem além do “treino” e da “rotina”: ler bons textos (livros, jornais, artigos científicos, notícias etc.) e escrever. Porém, algumas dicas de revisão ajudam muito:

- atente para o tema da redação; leia mais de uma vez os enunciados que servem de base para sua redação e NÃO FUJA da proposta;

- deixe para colocar o título por último; assim que terminar o rascunho e for fazer a revisão, antes de passar a limpo, “crie” um título sucinto e original;

- tenha um vocabulário rico, o que envolve o estudo e o conhecimento de sinônimos;

- pontue corretamente seu texto, o leitor/avaliador de sua redação não estará te ouvindo; portanto, sua pontuação (sem exageros, claro) devem substituir características como: sua fisionomia, indignação, determinação e objetividade; 

- antes de começar a passar a limpo, releia sua redação e observe se não há repetições de palavras ou expressões e de vícios de linguagem... Por exemplo, tem gente que começa todo parágrafo com “E, daí...”;

- leia seu texto em voz alta e, sempre que possível, peça alguém ler para você ouvir e avaliar o “poder de perspicácia” do mesmo;

- seu texto deve ser o mais objetivo, técnico e conclusivo possível. Assim, não se esqueça do PARÁGRAFO CONCLUSIVO, que deve iniciar preferencialmente com algumas expressões específicas como: “Assim sendo”; “Portanto”; “Enfim”...

A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da composição do texto. Segue a estrutura de uma dissertação argumentativa:

►Introdução: é a parte do texto argumentativo em que apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser desenvolvida a respeito desse assunto.·.

► Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo.

► Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos ao longo do texto. (Fonte: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-argumentativo/argumentacao.html - acesso em 22/08/2016)

Outro aspecto importante é ler e analisar redações consideradas excelentes de acordo com a avaliação do ENEM das diferentes edições anuais. Segue um destes exemplos:





► E, por fim, fique atento à  agenda Enem 2016:









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