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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

WHATSAPP: UM SERVIÇO OU UM DESSERVIÇO? (WhatsApp: A SERVICE OR A PROBLEM?)

POR MARI MONTEIRO



Tem coisas que a gente simplesmente NÃO QUER VER. Não quer SABER. Covardia? Não. É mais sobre poupar a si mesmo de um sofrimento desnecessário. Não porque seja desimportante, mas pela dor que pode causar. Refiro-me aos conteúdos das conversas do whatsApp. Sempre que falo com alunos e com alunos  sobre relacionamentos, sempre surgem as reclamações sobre as conversas no whats; bem como da "quase troca" entre o momento a dois pelo suposto prazer de ficar on line.  E aí é uma polêmica só!


Costumo dizer que o aplicativo em si é excelente. Ele é  prático; rápido; eficiente etc. Mas que também pode ser um mecanismo ímpar de “DISCÓRDIA”; sobretudo, entre casais. Não há nada mais eficiente para “TENTAR” e para FACILITAR A TRAIÇÃO do que o whats. Pensem nos grupos fechados. Só sendo muito inocente (e, sem modéstia ou vergonha, EU SOU... e não temo que me chamem de idiota por isso.) para não saber que tudo é livre e seu (sua) namorado (a) nunca vai saber sobre os vídeos que trocam; as conversas que têm; as “ofertas” que recebem. É neste ponto, que entra minha “INOCÊNCIA”. Tenho apenas grupos de trabalho. E, sem querer bancar a santinha, eu não recebo vídeos pornôs... Como? Quem me conhece e está na minha lista e sabe que não curto isso. Não é puritanismo. Considero de mau gosto. Não vejo graça nisso. Penso que ver ou não pornografia pode (e deve) ser algo conversado, decidido  e feito a dois... Concordam que quem vê pornografia sozinho (a), está procurando algo diferente daquilo que possui?


Homens fáceis. Mulheres fáceis. Homens fúteis. Mulheres fúteis. Oferta e procura. Banalização dos relacionamentos. Estes e outros tantos aspectos são verdadeiros. Contudo, a culpa não é de um ou de outro aplicativo.  Cabe somente ao usuário a DECISÃO de entrar ou não em determinado grupo; de aceitar ou não determinadas provocações. Tudo nesta vida tem limite (nada mais clichê, mas também nada tão verdadeiro).  Minha gentileza; assim como minha paciência vão apenas até a “página dois”. TUDO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA! Já mencionei isso em outros artigos.


“NÃO ADIANTA CHORAR DEPOIS DO ENTER APERTADO!”. Li isso num post qualquer. Além disso, milhares de vídeos com piadas sobre o whats circulam nas redes. Piadas e brincadeiras à parte, eu considero o whats um mecanismo  que pode servir tanto para  SOLUCIONAR PROBLEMAS como para  CAUSAR PROBLEMAS. Parece óbvio... E é! Mas, quem de nós já não soube de conflitos entre casais causados pelo uso “indevido” deste app? E não adiante ser hipócrita e dizer que isso não dói; que não configura traição e blábláblá. DÓI SIM. É TRAIÇÃO SIM. Obviamente, tudo depende do TEOR e do CONTEXTO das conversas. E tudo isso eu vejo e penso até na página um. Se der, vamos para a página dois. Há questões que, quando analisado o contexto, simplesmente não representam desrespeito. Em outros casos, a coisa é tão explícita através de imagens; cantadas indecentes; palavrões que não há quem “salve”. Cansei de ver isso em conversas mostradas por colegas, alunos...  Circunstâncias na qual sempre aproveito para perguntar sobre aspectos que, particularmente, considero essenciais na solução destes conflitos: “O CONTEXTO FOI ANALISADO? (se a maioria das pessoas têm dificuldade em interpretar textos, imagine INTERPRETAR CONTEXTOS...); “HÁ CONFIANÇA ENTRE O CASAL?”; “HÁ PROVAS DE DESRESPEITO OU DE INFIDELIDADE?”; HÁ PRECEDENTES?" e por aí caminham as inúmeras discussões, inclusive, pautas de debates em sala de aula.




 Outro aspecto a ser repensado é o relacionamento familiar. Há situações, como já disse, que o app em questão é prático. sabemos onde  as pessoas estão; s e estão bem etc. Ponto. Mas, a exemplo do relacionamento a dois, há o outro lado: O LADO DO ISOLAMENTO. Cada um on line no seu quarto ou; pior; e aí, na minha singela opinião, é uma GROSSERIA, on line à mesa de almoço ou de jantar com familiares ou com amigos. Não é  exagero. Experimentem distanciar-se e observar as pessoas em Praças de Alimentação ou em nossas próprias casas... As criaturas chegam a ficar corcundas, com os olhos vidrados no aparelho  e os dedos se mexendo de modo cada vez mais ágil. Até parece SINTOMA DE CONVULSÃO. Credo. (rsrsrs). Sério. Uso adequado, moderado, educado... Isso se aplica a TUDO nesta vida.



Escreveria 100 páginas sobre este aplicativo e ainda sobraria assunto. Porém, não há como “fechar” este artigo sem mencionar a PRIVACIDADE. Ou melhor, a confusão que se estabeleceu entre os conceitos de PRIVACIDADE e de OMISSÃO DE “INFORMAÇÕES”. Explico: Em nome da privacidade, muitas pessoas alegam não poder mostrar suas conversas; contatos etc...  Ledo engano fazer isso.  Esconder-se é a maneira mais rápida de assumir uma culpa. Contudo; o contrário disso: AS CHAMADAS REDES SOCIAIS CASADAS, nas quais o casal possui o mesmo loggin e senha é RIDÍCULO. Confiança não é um sentimento que, neste momento eu não tenho e, no momento seguinte, tenho; porque fui ao bazar da esquina, comprei alguns gramas e repus meu estoque. É algo conquistado com o tempo. É um conjunto de ATITUDES que expressam se somos ou não dignos de confiança. Ou seja; se a pessoa for mau caráter, ela terá uma “conta casada” com o (a) parceiro (a) e terá outra (um fake talvez), que será seu “território livre”...



A verdade é que tudo passa pela questão da ÍNDOLE; inclusive o SERVIÇO ou o DESSERVIÇO do Whatsapp. Que, na verdade, não seria exatamente dele (do app); mas, do usuário.  Passa também pela LISTA DE PRIORIDADES DE CADA UM. Eu, por exemplo, não acho interessante namorar pelo whatsapp; considero um relacionamento sério importante demais para ser tratado através de um aplicativo (salvo uma conversa ou outra). Acreditem. Conheço inúmeros casais que se falam mais pelo app do que pessoalmente. Isso vira um vício. Trava o diálogo; emudece... E, quando se dão conta, estão DISTANTES um do outro, relacionando-se e decidindo o jantar e os programas do final de semana pela tela...  Porém, muitas coisas não podem ser resolvidas com aplicativos; os CONFLITOS, por exemplo; as tristezas; a falta de afago e de afeto... Só mesmo muita conversa; passeio de mãos dadas e olho no olho para fortalecer os laços...


Enfim, como não sou de “meias palavras” e nunca fui de “ficar em cima do muro”, escrevo para posicionar - me.  Minha postura é a seguinte, a menos que eu tenha alguma pendência muito importante para ser resolvida (INADIÁVEL!), quando estou com quem amo, DESCONECTO; mesmo porque, o que mais posso querer? A atenção de um aparelho; de um app? Não! GOSTO DE PESSOALIDADES! GOSTO DE GENTE! DE CONTATO FÍSICO; DE OLHO NO OLHO. Mas, partindo do princípio de que sou apenas uma pessoa na multidão, emitindo uma opinião muito pessoal, podendo; portanto, estar errada, faça sempre aquilo que julgar certo. Para isso existe o LIVRE ARBÍTRIO: USE - O  SEM MODERAÇÃO! Apenas, esteja ciente de que possui coragem e dignidade suficientes para ASSUMIR AS CONSEQUÊNCIAS e, como disse antes; para "não chorar sobre o 'enter' apertado."

Leia também: http://educandoquem.blogspot.com.br/2014/08/traicao-virtual-dor-real.html 

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