Translate

EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

terça-feira, 21 de julho de 2015

SÉRIE IMPRESSÕES: “A CIVILIZAÇÃO DO ESPETÁCULO”, OBRA DE MARIO VARGAS LLOSA ("CIVILIZATION OF SHOW", MARIO VARGAS LLOSA)

POR MARI MONTEIRO

Primeiramente, é essencial conhecer ainda que minimamente o autor da obra que dá origem ao título deste artigo. Mario Vargas Llosa (1936) é um escritor, jornalista, ensaísta e político peruano, que foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 2010.  Jorge Mario Pedro Vargas Llosa (1939) nasceu em Arequipa, no Peru, no dia 26 de março de 1936. Passou sua infância na cidade de Conchabamba na Bolívia. De volta ao Peru, estudou Direito e Letras na Universidade de San Marcos, em Lima. Em 1959 muda-se para Madri, onde ingressa no Doutorado em Filosofia e Letras.


Em sua obra: “A CIVILIZAÇÃO DO ESPETÁCULO”, Llosa trata de aspectos importantíssimos inerentes à modernidade e ao avanço tecnológico; mais especificamente, à instantaneidade  a  ela vinculado. Um dos aspectos refere-se ao crescente PODER DA IMAGEM SOBRE A PALAVRA. “(...) Agora, a palavra está cada vez mais subordinada à imagem. E também à música, signo de identidade das novas gerações, cujas músicas pop, folk ou rock criam um espaço envolvente, um mundo no qual escrever, estudar e COMUNICAR-SE PESSOALMENTE (...)” Llosa, 2013:19. A esse “fenômeno” Llosa denomina “DETERIORAÇÃO DA PALAVRA. O que, acredito, seria um excelente título de uma pesquisa acadêmica.



Especificamente no tocante à cultura e à “mudança de visão e  de entendimento sobre  este conceito”, o autor chama  a atenção para o fato de que a cultura verdadeira perdeu espaço para o que é comercializado, fazendo com que haja uma dicotomia entre PREÇO e VALOR. Inclusive, ele menciona: “(...) Para essa nova cultura são essenciais a produção industrial maciça e o sucesso comercial. A distinção entre preço e valor se apagou ambos agora são um só, tendo o primeiro absorvido e anulado o segundo.




Outro aspecto muito interessante abordado por Llosa é a tendência de que a Literatura desapareça. Segundo ele, a Literatura tal como se conheceu e se valorizou há séculos deixará de existir. Primeiro, porque não terá mais lucratividade e segundo, e LAMENTÁVEL, porque não terá público leitor para obras clássicas ou contemporâneas que tenham uma escrita elaborada (como deve ser – grifo meu), porque o indivíduo não terá paciência, nem compreensão e, conseqüentemente, interesse pela leitura de escritos mais elaborados.


Sou professora de Literatura no ensino Médio e posso garantir que Liosa está coberto de razão quando afirma que a Literatura terá de se tornar cada vez mais light e superficial se quiser sobreviver. ISSO É MUITO TRISTE. Sobretudo, pela perda da cultura acumulada pela humanidade; pela riqueza dos vocabulários empregados e pelo esmero com que as grandes obras (clássicas ou contemporâneas) são escritas. Exemplo disso é o Twitter, em que a pessoa deve resumir suas idéias em 145 caracteres...


Gostei tanto desta obra que escreveria páginas e mais páginas sobre Llosa e os fatores que desencadeiam a formação da sociedade do espetáculo (multiplicação das indústrias de diversão; a democratização da cultura, que foi erroneamente confundida com o ato de trivializar da cultura... qualquer “coisa” é cultura). Fato é que, na civilização do espetáculo, a maioria de nós vive com A  CÔMODA IMPRESSÃO DE QUE SOMOS CULTOS SEM O MÍNIMO ESFORÇO INTELECTUAL.



Então, para fazer jus à defesa de Llosa sobre uma cultura “real”, aquela que exige esforço intelectual; capacidade de selecionar entre esta ou aquela música, este ou aquele filme... Não falarei mai sobre nenhum aspecto da obra. Porém, finalizo afirmando que estamos nos desviando tanto do que deve (e merece) ser considerada cultura que, caso não trabalhemos (individual e coletivamente) sobre este tema, muito em breve TUDO, exatamente tudo SERÁ CONSIDERADO CULTURA, que  equivale  a afirmar que não haverá mais necessidade de se empenhar, histórica e socialmente, para “produzir” cultura. SEREMOS (se é que já não somos) uma CIVILIZAÇÃO TOTALMENTE ACULTURADA, que só valoriza o ESPETÁCULO, mas sem a mínima pretensão de buscar conteúdos ou  conhecimentos (e não falo apenas de conhecimento acadêmico não, falo da cultura de quem conhece “SEU CHÃO”, que traz “CAUSOS” sobre suas raízes, que correm o risco de se perder no tempo...), apenas LUZES, CORES E O MÍNIMO DE PALAVRAS POSSÍVEIS.

domingo, 12 de julho de 2015

ELABORAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SEM TRAUMAS! (PREPARATION WORK WITHOUT TRAUMA COURSE COMPLETION!)

POR MARI MONTEIRO




Antes de começar um texto extremamente técnico e OBJETIVO sobre a elaboração de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), preciso informar que ALGUNS PROFESSORES, MESTRES, DOUTORES E O ESCAMBAU  parecem ter a única função de COMPLICAR A S COISAS E FAZER TODO MUNDO GARRAR ÓDIO DE UM TRABALHO TÃO IMPORTANTE. Entendo bem isso. Presenciei  muito isso enquanto lecionei para o Ensino Médio. Em escolas de boa qualidade, é muito normal que os alunos realizem, ao final do EM, um TCC. 


Acredito nesta proposta. É interessante fornecer ao aluno uma noção mais próxima possível da vida acadêmica. A questão é há professores que EXAGERAM. Gente, “os meninos” estão no ENSINO MÉDIO. Considerem aspectos como: falta de preparo nos anos anteriores; maturidade. Conhecimento científico suficiente etc. Caso contrário, ao invés de prepará-los e incentivá-los, estaremos fazendo com que eles temam a vida acadêmica.


Dito isso, esclareço que para a realização de um BOM TCC é necessário, antes de tudo, PAIXÃO PELA ÁREA DE ESTUDO ESCOLHIDA E PELO TEMA. Quando a gente não gosta do temas, não vai rolar. E aí reside um grande problema com alguns PROFESSORES ORIENTADORES. Ilustríssimos Professores e Mestres, o tema precisa ser INTERESSANTE para o ALUNO/ACADÊMICO e não um tema que apenas atenda as expectativas de professores limitados a esta ou àquela área. Então, deem - lhes a LIBERDADE DE ESCOLHA. O que pode acontecer, com tempo, através de algumas pesquisas sobre possíveis temas atraentes para os alunos. Uma vez gostando do tema, o resto é pesquisa e PESQUISA REQUER PAIXÃO. No mais, a ABNT não deixa espaço para muita coisa. A escrita e a formatação é muito técnica. E DEVE SER ASSIM. Precisamos ESCREVER BEM e FALAR BEM. Assim, fica fácil? Não. Mas, ao menos existe uma maior possibilidade da elaboração de um TCC com excelente qualidade. Pois, uma vez apaixonado pelo seu tema, o aluno vai se engajar como nunca na pesquisa. Saberá sobre o assunto e conseguirá escrever sobre ele dialogando com os AUTORES que já se apropriaram do tema escolhido.  Lembrem – se UM TCC É UMA COLCHA DE RETALHOS FEITA A MUITAS MÃOS, suas mãos e as mãos de muitos outros pesquisadores.


OBS.1 - Nunca é demais lembrar a GRAVIDADE das escritas que envolvem PLÁGIO.

2 – O Google é um mecanismo de busca. Nunca confie no primeiro link que encontrar.

3 – Não recorra a “TCCs PRONTOS”, disponíveis na rede. Eles não refletem suas idéias. Além disso, você terá a ilusão de que foi “esperto”; mas, na verdade, terá deixado de aprender muita coisa!


BOA LEITURA E BOM TRABALHO!





1 – Diferença entre TEMA e TÍTULO:

Muitos estudantes comumente tendem a confundir o tema de seus TCC’s, com o título efetivamente dado para tal trabalho. Sim, existe diferença entre estes dois itens.
O tema do TCC remete à área que se pretende abordar, ao assunto que se pretende dissertar, estudar e aprofundar.

O título do TCC é como a frase de chamada. Deve ser atraente, instigante, inovador, como o de um livro, que através de sua capa enseja uma mensagem, detém certo marketing, um poder de atração que leva o consumir a comprá-lo.

Nesse sentido, ao delimitar o tema da Monografia, o aluno deve ter em mente seu objeto de estudo. Proporcionalmente, ao eleger o título da Monografia, deve elaborar sua frase de chamada, seu atrativo, com efeito, que proporcione impacto, peso, significância, remetendo ao conteúdo de forma interessante e criativa.

Nada mais monótono para um orientador que receber um trabalho monográfico que estampe na capa: “Ensino superior privado no Brasil”, de um aluno que expresse o questionamento da qualidade e da autenticidade dos diplomas adquiridos em instituições de ensino privadas, com pouca, ou talvez nenhuma excelência. Melhor seria ilustrar o título da seguinte maneira: E o diploma, está à venda?

Do modo supracitado, certamente uma Monografia será apresentada de modo a suscitar interesse, entusiasmo do leitor, e sendo este o orientador, melhor conceito final.


2 - ETAPAS

Elaboração do Projeto;
Análise e aprovação do projeto;
Elaborar referencial teórico  de modo a contemplar os capítulos (dica: uma vez decidido o tema e limitado o título, elabore os títulos dos capítulos  de modo a apresentar o assunto de uma forma seqüencial e satisfatória);
Coleta de dados (caso haja pesquisa de campo);
Tabulação e análise dos dados;
Elaboração do documento (escrita dos capítulos);
Revisão final gradativa dos capítulos pelo Professor Orientador (recomendável);
Revisão final;
Entrega do TCC;
Socialização do TCC (apresentação do TCC quando for o caso).

3 -  ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ROTEIRO DO TCC
A estrutura do TCC é composta de três partes básicas, denominadas de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, em cada uma destas partes existem elementos que podem ser obrigatórios e opcionais. A sequência destes elementos está apresentada a seguir. Elementos Pré-textuais:
►Capa (obrigatório);
►Folha de rosto (obrigatório);
►Declaração de Autoria (obrigatório);
►Folha de aprovação (obrigatório);
►Dedicatória (opcional);
►Agradecimentos (opcional);
►Epígrafe (opcional);
►Resumo (obrigatório);
►Sumário (obrigatório);
►Lista de ilustrações (opcional);
►Lista de abreviaturas (opcional);
►Lista de símbolos (opcional).
►Elementos Textuais:
►Introdução (obrigatório);
►Desenvolvimento (obrigatório);
►Conclusão (obrigatório).
►Elementos Pós-textuais: Obras Consultadas (obrigatório);
►Apêndice (opcional);
►Anexo (opcional);
►Glossário (opcional).

4 - NORMAS A SEREM SEGUIDAS NA ELABORAÇÃO DOS DOCUMENTOS

Nesta seção são apresentadas algumas orientações relacionadas à forma de organização e digitação dos trabalhos, seguindo as normas estabelecidas pela ABNT. Para maiores detalhes devem ser consultadas as respectivas normas, procurando sempre verificar se elas estão atualizadas, tendo em vista que periodicamente algumas delas são reeditadas contendo modificações.

4.1 CAPA

A capa é o elemento inicial de um trabalho acadêmico e é indispensável para sua identificação. Nas normas da ABNT são apresentados quais dados devem ser incluídos, bem como indica a sequência a ser adotada. No entanto não são apresentadas nenhuma menção das medidas, espacejamento e tamanho de letras. Segundo a NBR 14724, “o projeto gráfico é de responsabilidade do autor do trabalho”.


4.2 FOLHA DE ROSTO

A folha de rosto apresenta a mesma distribuição da capa do trabalho, sendo retirados os nomes da instituição, GPA e curso; e incluído a natureza do trabalho, que é digitado na linha 23, recuo a esquerda de 8 centímetros, espaçamento simples, fonte 10 e justificado. A natureza do trabalho deve ser seguido do objetivo (Trabalho de Conclusão de Curso ..., avaliação, etc), do nome da instituição (UNIVAG – Centro Universitário de Várzea Grande), e nome do(s) orientador(es) ou do coordenador.


4.3 FOLHA DE APROVAÇÃO

A norma da ABNT, publicada em 2001, tornou este elemento obrigatório, em todos os trabalhos científicos. A folha de aprovação deve conter:
►nome do autor (ou autores) do trabalho;
►título (por extenso) e subtítulo (se houver);
►natureza do trabalho;
►objetivo visado pelo trabalho;
►nome da instituição a que o trabalho é submetido;
►área de concentração;
►data da aprovação;
►nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem.


 4.4 RESUMO

O resumo deve ser redigido em um único parágrafo, em espaço simples, com aproximadamente 300 palavras, contendo título, autor, professor-orientador e abaixo do resumo 03 (três) palavras chaves. O conteúdo do texto deve expressar o Assunto, o Problema, o Objetivo, a Metodologia, o Resultado e a Conclusão a que se chegou depois de realizada a pesquisa, por isso é o último texto a ser redigido na monografia.

4.5 SUMÁRIO

Tem a finalidade de facilitar a localização dos assuntos. Deve indicar todos os elementos estruturais (títulos, subtítulos e seções), na mesma ordem e grafia em que aparecem no texto. O sumário pode ser gerado de forma fácil, utilizando o processador de texto Word. Primeiro é necessário selecionar os títulos, um a um, e na caixa de estilo, mudar de normal para o nível do título que foi selecionado (Título 1, Titulo 2 ...). Entende-se por título 1, aqueles sem numeração (exemplo: INTRODUÇÃO) ou que possui apenas um algarismo arábico. Quando é escrito com dois algarismos, como no caso desta seção 3.2, é considerado título dois. Após a definição de todos os títulos, basta posicionar o cursor no local onde deverá ser incluído o sumário e realizar os seguintes procedimentos: Inserir (barra de menu), referência, índices, índice analítico, ok. Se o documento apresentar mais de três níveis de título, é só alterar antes de clicar ok o número de níveis a serem mostrados.


4.6 INTRODUÇÃO

Texto que tem a função de informar ao leitor o que foi desenvolvido na pesquisa, mostrando uma abordagem geral do tema, a finalidade (objetivo geral), a justificativa, o problema de pesquisa, as hipóteses, a metodologia, bem como as seções que compõem o trabalho de forma resumida e objetiva, sem apresentar análises detalhadas, podendo-se inclusive, fazer algumas colocações pertinentes à conclusão.




4.7 DESENVOLVIMENTO

Constitui a parte mais preciosa do estudo onde todos os segmentos serão analisados detalhadamente. Deve ser subdividido em vários capítulos visando facilitar a apresentação dos dados coletados, das pesquisas e análises realizadas, das argumentações desenvolvidas, das propostas pertinentes e dos resultados alcançados nos diversos assuntos abordados, que estão diretamente relacionados ao objetivo geral e aos objetivos específicos do trabalho.

A título de padronização serão exigidos que o TCC apresente no mínimo: um capítulo de fundamentação teórica, um capítulo expressando a metodologia utilizada no estudo (ver item 7 do Roteiro de Projeto) e um capítulo de análise dos resultados obtidos na pesquisa. A análise de resultados deverá discutir os dados obtidos e relacioná-los com a fundamentação teórica apresentada no capítulo inicial, é neste item que se apresenta as tabelas, gráficos e respostas obtidas nos instrumentos de coleta de dados.

A linguagem utilizada em todo o trabalho é impessoal, não se utilizando termos como: verificamos, observamos, concluímos, observei, utilizei, analisei etc. Palavras como “eu acho”, “talvez se ...”, jamais devem ser empregadas em um trabalho científico. Parte  crucial a ser trabalhada, porque exige maior tempo de pesquisa para gerar os textos, as tabelas, os gráficos e as citações. Daí, a razão de ser indicado um professor orientador para acompanhar o acadêmico na sua elaboração.
Independente do tema pressupõe-se que um TCC deva conter no mínimo 60 (sessenta) páginas.


4.8 CONCLUSÃO

Este é o último texto a ser elaborado, não precisando que se recorra a qualquer referencial. Nesta parte do documento são apresentados os resultados obtidos de forma clara e objetiva, sempre centrando nos objetivos do trabalho e do problema que deu origem à investigação. Também são apresentadas sugestões para novas pesquisas e estudos sobre o assunto abordado, ou de aspectos específicos e importantes que foram identificados no decorrer do trabalho e não foi tratado por não estarem relacionados aos objetivos específicos do estudo realizado ou por questões de tempo e custo.


4.9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Segundo a ABNT, referência é um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual. No caso específico de referência bibliográfica, ela deve situar-se após a conclusão do trabalho nos elementos pós-textuais, antes dos apêndices e anexos.

4.10 APÊNDICES E ANEXO

Apêndice é um elemento opcional, elaborado pelo próprio autor(es) do trabalho e trata-se de um documento, texto, formulário de coleta de dados, artigo ou outro material qualquer, que se destina a complementar as ideias desenvolvidas no seu decorrer.

O anexo também é um elemento opcional e de suporte ao estudo realizado. No anexo é incluído o material que não foi elaborado pelo autor da pesquisa.



5 - NORMAS DA ABNT QUANTO A FOLHA, ESPAÇAMENTO E DIGITAÇÃO.

5.1 Tamanho do papel e margens
Utilizar papel formato A4 (21,0 cm de largura por 29,7 cm de altura) de cor branca. As margens devem ter as seguintes dimensões 3: margem superior 3,0 cm; inferior 2,0 cm; esquerda 3,0 cm e direita 2,0 cm.

5.2 Tamanho e tipo de fonte
O tamanho da fonte recomendado para o texto do corpo do trabalho é 12. Nos títulos das seções e suas subdivisões o tamanho da fonte não deve ser mudado, mantendo também 12. No caso da citação direta ou textual (transcrição) com três ou mais linhas, denominada citação longa 4, bem como em notas de rodapé o tamanho de fonte a ser utilizado é a 10. A ABNT não determina um tipo de letra (fonte) a ser utilizado, entretanto recomenda o uso dos tipos Times New Roman ou Arial. Com o objetivo de padronizar os trabalhos a serem desenvolvidos optou-se pelo tipo Arial.

5.3 Espaçamento entre linhas
Espaçamento entre linhas para o texto em geral, estabelecido na última norma da ABNT é o duplo, entretanto neste manual está sendo adotado, para os elementos textuais, o espaçamento de 1,5 linha, visando economizar papel e custos com as cópias dos documentos produzidos. Para evitar a inclusão de uma linha após cada parágrafo do texto, é possível formatar o espaçamento depois do parágrafo com 12 pt. 5

5.4 Espaçamento entre parágrafos              
A ABNT não faz menção ao espaço entre parágrafos, nas suas últimas normas (FURASTÉ, 2006). Para facilitar a leitura e por questões estéticas será adotado o espaço depois do parágrafo de 12 pt, que equivale ao espaço de uma linha. Os procedimentos para realizar este tipo de formatação utilizando um processador de texto estãoexplicados na nota de rodapé na subseção anterior.



5.5 Numeração das páginas
A posição da numeração das páginas deve ser no início (parte superior - cabeçalho) e o alinhamento a ser adotado é à direita, isto é, canto superior direito, a dois centímetros das bordas (superior e direita)6. Todas as páginas são contadas (a partir da folha de rosto, não é considerado na contagem a capa do documento), entretanto a numeração não aparece na parte pré-textual. A numeração só é escrita a partir da primeira página da parte textual (NBR 14724, 2001, p.5). A numeração é feita em números arábicos.
Quando houver apêndice ou anexo, suas páginas serão também numeradas, obedecendo a sequência e a forma apresentada no parágrafo anterior.

5.6 Numeração dos títulos
Os títulos que recebem indicativos numéricos devem ficar alinhados à esquerda, com o numeral separado por um único espaço. A distância da borda superior é de três centímetros, portanto, inicia-se logo na primeira linha da página. O texto deve iniciar na linha seguinte logo após o título.


6 - RECOMENDAÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO ORAL DO TCC (quando for o caso):
►Chegar 30 minutos antes do horário estipulado para sua apresentação;
► Procurar apresentar-se polidamente à banca examinadora, sem usar chavões ou outros maus hábitos de linguagem oral. Evitar intimidades;
► Apresentar com simplicidade oral, sem utilizar períodos longos, ou dizer-se especialista no tema da pesquisa, para não ser antipático perante a banca;
►Informar primeiramente o tema do TCC e citar os pontos básicos a serem abordados, tais como: o professor orientador, o problema e os objetivos;
► Fazer a introdução da monografia (é o resumo da INTRODUÇÃO)
►Deslanchar a apresentação particularizada de cada ponto (títulos, contidos nos capítulos), sem ser prolixo;
►Finalizar a apresentação com a CONCLUSÃO;
►Colocar-se à disposição da banca examinadora, para quaisquer esclarecimentos;
►Sugere-se a manutenção da polidez, através do agradecimento à audiência da banca examinadora.


5-  CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Serão considerados, para fins de avaliação:
►A busca de orientação e atendimento às pontuações do professor-orientador;
►O cumprimento de todas as etapas;
►A observância dos prazos;
►O empenho na fase de coleta de dados, processamento e análise dos resultados;
►A estética do Projeto e do Trabalho Final, seguindo as Normas da ABNT e as orientações deste manual;
►A redação deve ser impessoal, sem erros gramaticais e de digitação, texto coerente e com boa argumentação;
►O conteúdo apresentado (abrangência, clareza, precisão, concisão, autoria e originalidade);
►A pesquisa bibliográfica é suficiente para atender ao problema;
►A análise dos dados coletada está embasada nos teóricos mencionados nos capítulos iniciais;
► A defesa oral do trabalho (desenvoltura e participação na apresentação).




Fontes:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 6p.
_______. NBR 6023: Informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 24p.
_______. NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro: ABNT, 1982. 2p.
_______. NBR 10520: Informação e documentação: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 7p.
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2003. 174 p.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE – UNIVAG. Manual do Trabalho Integrado do Curso de Administração.Várzea Grande, 2006 (mimeo)
_______. Normas para elaboração e apresentação do trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis. Várzea Grande, 2005 (mimeo)
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para Trabalhos Científicos: Elaboração e formatação. 14.ed. Porto Alegre: Dáctilo – Plus, 2006. 307 p.
OLIVEIRA, Leila Barros Cardoso. Manual para apresentação de monografias, dissertações e teses da Universidade Católica de Brasília. 2ª ed.Brasília: Universia, 2004. 56 p.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

FILME RECOMENDADO: “E SE EU FICAR...” (“IF I STAY...”)

POR MARI MONTEIRO



Quando vejo bons filmes, gosto de fazer anotações para futuras resenhas ou artigos. Nesta noite fria de domingo (05 de julho) não foi diferente. Mesmo com as mãos congelando, tive de escrever algumas das tantas coisas que me passaram pela cabeça.


Confesso que dei uma enrolada pra ver o filme: “E SE EU FICAR...” (as reticências são por minha conta, sempre achei que devessem existir rsrs). A princípio, achei que fosse mais um roteiro para adolescentes, desta vez, não havia lido o livro. Pensei em um enredo emocionante, mas sem profundidade. Ledo engano. E que ADORÁVEL ENGANO!

Para mim, filme bom é aquele que me ENSINA algo e, pra isso, mexe com meus sentidos. E este filme fez isso. Para começar, tem a música como um elemento que vai além de um “pano de fundo”.  Num crescente, a música funciona como um elemento capaz de transformar as escolhas e os caminhos dos protagonistas. Diferentes estilos musicais se misturam de uma forma harmoniosa e bela. Já de saída me apaixonei pela “presença” de Iggy Pop.




Muitas falas do filme povoarão minha mente por dias. Conheço-me. Isso é ótimo. Faz-me pensar, rever situações e mudar atitudes e conceitos.  Uma delas é: “ÀS VEZES VOCÊ FAZ ESCOLHAS; ÀS VEZES, AS ESCOLHAS FAZEM VOCÊ!”. Concordo plenamente.

Em menos de vinte minutos de filme, eu já era a Mia. Vivenciei suas alegrias e seus dramas. Filme é pra isso, para  EXPERIMENTAR DIFERENTES SITUAÇÕES SEM NECESSARIAMENTE ESTAR NELAS. E, modéstia à parte, quando leio um livro ou vejo um bom filme, eu faço isso muito bem. Acredito mesmo que este seja um dos papéis mais importante das ARTE em geral: nos levar para lugares onde nunca  estivemos ou nunca estaremos.




Até mesmo alguns versos das músicas cantadas no filme nos levam a pensamentos férteis... “HOJE É O MELHOR DIA QUE JÁ VIVI. NÃO POSSO VIVER PARA O AMANHÃ. POSSO NÃO CHEGAR TÃO LONGE.” E quem vai discordar disso?


Em outro momento, Adam faz um questionamento à Mia sobre um assunto comum, mas que eu nunca havia pensado por este ângulo: “JÁ TEVE UM RELACIONAMENTO À DISTÂNCIA? É RIDÍCULO! É COMO NAMORAR UM FANTASMA!” Isso é forte gente...



Outros aspectos me ensinaram muito. Ensinaram-me tanto que os listarei aqui que é pra, volta e meia, reler e repensar:

-E se tudo que eu precisasse pra ficar viva dependesse das boas lembranças?

- De quais momentos me lembraria?

- O que me prenderia a este mundo? Quais seriam meus motivos pra ficar?


Cheguei a pensar: “Putz, sou uma mulher adulta (madura até; madura não...” no “ponto” vá! Kkkkk)” e,  se fosse pega à queima roupa por uma situação destas, não saberia responder nada disso... E, mais, descobri que cada um constrói o próprio cenário e que é  este cenário que define nossas prioridades.  DEPOIS DE ONTEM, PENSAREI COM MUITO MAIS CARINHO E COM MUITO MAIS CAUTELA NA CONSTRUÇÃO DO MEU CENÁRIO.




Foi muito bom. O choro foi bom. O aprendizado foi bom. Minha mãezinha entrando no quarto com uma xícara de chá de camomila quentinha e me dando uma dura porque eu estava soluçando em frente à TV. (minhas lágrimas se misturaram ao chá). ESTA É UMA LEMBRANÇA BOA QUE GUARDAREI PRA SEMPRE

Enfim, gosto de acreditar (alguns me chamam de tola por isso, não me importo) que EXISTEM AMORES ASSIM: CAPAZES DE NO SALVAR DE QUALQUER COISA, CAPAZES DE NOS FAZER FICAR... 

Deixo pra vocês o que considero uma das melhores cenas do filme, talvez porque (sem spoiler rsrs) seja uma das LEMBRANÇAS MAIS FORTES DE MIA: 





quarta-feira, 1 de julho de 2015

LISTAS DE COISAS PARA SEREM FEITAS A DOIS (THINGS LISTS TO BE MADE TO TWO)

POR MARI MONTEIRO



Em tempos de palavras cada vez mais escassas, me lembrei deste texto que escrevi há quase SEIS ANOS... É. Nem acreditei quando reli hoje. Parece ter sido escrito justamente para “ESSE TEMPO DE ESCASSEZ” em que vivemos. Especificamente no relacionamento a dois, onde faltam principalmente boas conversas. E  WhatsApp não conta viu? (rsrs). Então decidi publicá-lo após tantos anos.



Fazer estas listas exige preparação. Não bastam papel e caneta. São necessárias muitas trocas de olhares; sensibilidade; sinceridade e muita ousadia. A lista deve ser bem específica. Nela não cabem “aspectos genéricos”, nem etc. ou reticências. Ah! Quase me esqueci. Não podemos ter pressa ao fazer as listas; mas é muito bom que elas sejam feitas em tempo.

Dos afazeres de todo dia, o que sobra além da rotina?
De todas as palavras ditas, quais nunca serão esquecidas?
Da noite mal dormida, qual a sensação?
De um sexo bem feito, quantos arrepios ao relembrar?
De cada lágrima, quais os motivos?
De todos os sorrisos, quantos suplantam a dor?
Dos abraços dos seus braços, qual fração de calor cabe em mim?
Dos aromas, qual é o que mais me agrada?
Do olhar demorado, quantas cores, dores e amores sou capaz de enxergar?
Dos beijos, que texturas ainda sinto?
Do meu corpo, qual poro ainda não foi tocado por tuas mãos?
De tudo que tenho, o quanto te pertence?
De tudo que você tem, o quanto me pertence?
Da convivência, quanto restou da liberdade que te traz de volta?
Dos dias vividos, de quais temos mais saudades?


E, depois de feitas as listas, não vamos apenas colar na geladeira. Não são listas de coisas que se compram. São listas de coisas a serem vivenciadas; acolhidas para que sejam tais coisas tudo aquilo que restará de duas pessoas que possam dizer: "nos amamos".

 Contentar-se com menos que isso, é solidão. É ter vivido a dois e não ter conhecido ninguém.



(by Mari Monteiro -  Escrito originalmente em 20/11/2009)

COMENTE!