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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

domingo, 21 de dezembro de 2014

UM CONTO DE NATAL PARA ADULTOS ( A CHRISTMAS TALE FOR ADULTS)

POR MARI MONTEIRO



Sei que estou longe demais de ser uma pessoa  amável ao extremo. Acho até que isso deve ser coisa de gene; de vocação ou algo que equivalha. Não gosto de todas as pessoas que conheço; algumas, eu até odeio (e, nessa hora, tem gente que pára de ler o conto... paciência).  Se sabem ou se sentem, de algum modo, não sei. Mas sei que se um dia uma delas me perguntar, saberá.

Quanto às pessoas que conheço e que amo; amo tão verdadeiramente como tem de  ser. Se todas elas sabem, também não sei. Se sabem ou se sentem, de algum modo, não sei. Mas sei que se um dia uma delas me perguntar, também saberá.

Fato é que, especificamente esta época de Natal, me deixou uma espécie de ranço.  Talvez porque parece que TODO MUNDO, como num passe de mágica, passa a se amar... Assim, do nada.  Se fizer parte do perdão sincero e vamos ser amigos novamente, ok! Concordo e aplaudo. Acho até que este é o grande mérito desta época, “amolecer” o coração das pessoas; reunir familiares; desfazer os nós...

Por outro lado, sempre me senti atraída pelas coisas do Natal: as cores; a decoração; os aromas; a celebração; os abraços; os presentes; as festas... Complicado? Sim.  Mas, facilmente entendível. Desde pequena, observava as correrias desta época; as mudanças de comportamento; o som das festas da vizinhança... E, sem o menor pudor, ASSUMO, invejava a música; as risadas; os fogos... Enfim, as felicidades alheias...  Estas cenas são muito claras na minha mente, porque nunca tínhamos festa de natal.  Íamos cedo pra cama. Morávamos num cortiço e a proximidade das casas deixava tudo muito nítido.





No dia seguinte, quando acordávamos, estavam todas as crianças do cortiço com seus brinquedos novos. Eu e minha irmã também tínhamos os brinquedos que a firma dava para os filhos dos funcionários... Então, no dia 25, meu sentimento de “pertença” era mais sólido.  Brincávamos todos juntos. (rsrsrs)


Não que, ao longo da vida eu não tivesse tentado mudar isso, claro que sim. Desde enfeitar a casa até cear sozinha; vivi alguns natais solitários.  Eu, meus enfeites; minhas frutas; minhas músicas; minhas melhores lembranças e os pesamentos mais positivos do mundo... Mas, a sensação do Natal e o som das festas que ouvia enquanto criança ainda me assombram. Posso dizer que AINDA não vivenciei algo parecido.

Ainda pouco enfeitei a casa da minha mãe... Faço isso desde que vim para cá. Mas, festa MESMO, aquela com a qual eu sempre sonhei, ainda não rolou. Mesmo porque, na FESTA DOS MEUS SONHOS, devem ter os seguintes “ingredientes”: todos os familiares amados (e alguns já partiram); felicidade; saúde; muitos risos; muitos abraços (nem todos gostam de abraçar... rs); muita cor; músicas de muitos ritmos; muita fartura e alguns convidados especiais. Agora é a hora que o leitor diz: “pirou”; mas, sempre pensei nisso... Apenas três convidados especiais estariam de bom tamanho. Trazer dois moradores de rua aleatoriamente para passar o natal conosco, com direito a banho, roupa nova e uma “FELICIDADE EFÊMERA”...  Por algumas horas apenas.  Posso até ouvir os pessimistas dizendo: “Affff! De que adianta? Se no dia seguinte estarão morando na rua de novo?”... Mas, insisto: SENTIR UMA FELICIDADE MOMENTÂNEA AINDA (E SEMPRE) É MUITO MELHOR DO QUE NÃO SENTIR NADA, NUNCA!”





Enfim, o terceiro convidado especial, cuja presença para mim é indispensável é  O ANIVERSARIANTE... Aquele que, contraditoriamente, é o menos lembrado e o que menos ganha presentes no seu suposto aniversário, é o  mais requisitado durante o ano todo; sobretudo, nos momentos de sufoco. Esta seria minha festa de natal. Mais próxima do que imagino como perfeição. Ainda espero por ela. As coisas estão progredindo por aqui. Neste ano teremos uma ceia... Com TODOS ACORDADOS! (rsrsrrs). Depois eu conto tudo. Prometo!!!

FELIZ NATAL!!!
(To be continued)




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

"BRASIL, BRASIL."

POR MARI MONTEIRO



Tenho o hábito de agradecer à  adesão, cada vez maior, de outros países ao blog. Porém, em primeiro lugar (E SEMPRE!) estarão as muitas cidades dos diversos estados BRASILEIROS que, diariamente acessam o blog. Peço que me desculpe  se o nome de sua cidade, por um lapso meu, não consta desta primeira lista... As informações mudam rapidamente. E esta lista é apenas um  resumo daquilo que consegui anotar durante TRÊS DIAS.

Todo leitor, de perto ou de longe, faz muita DIFERENÇA. Agrega valores inestimáveis ao conteúdo do blog. Assim quero agradecer a TODOS OS BRASILEIROS pelas visitas realizadas e pelo carinho com que acolhem  este  espaço que é NOSSO!

Muitíssimo Obrigada.
  


  1. Ajuricaba (RS)
  2. Aracaju (SE)
  3. Arapiraca (AL)
  4. Ariquemes (RO)
  5. Astorga (PR)
  6. Barueri (SP)
  7. Bauru (SP)
  8. Belford Roxo (RJ)
  9. Belo Horizonte (MG)
  10. Bertioga (SP)
  11. Blumenau (SC)
  12. Boa Vista (RR)
  13. Bocaiúva (MG)
  14. Brasília (DF)
  15. Caçador (SC)
  16. Caldas Novas (GO)
  17. Camaçari (BA)
  18. Cambé (PR)
  19. Camboriú (SC)
  20. Campina Grande (PB)
  21. Campinas (SP)
  22. Campo grande (MS)
  23. Canoas (RS)
  24. Capivari (SC)
  25. Carapicuíba (SP) Barão de Cocais (MG)
  26. Carapó (MS)
  27. Carmo do Cajiru (MG)
  28. Cascavel (PR)
  29. Caxias do Sul (RS)
  30. Centenário do Sul (PR)
  31. Cerquilho (SP)
  32. Chapecó (SC)
  33. Codó (MA)
  34. Conceição (BA)
  35. Concórdia (SC)
  36. Contagem (MG)
  37. Cotia  (SP)
  38. Criciúma (SC)
  39. Cuiabá  (MT)
  40. Dourados (MS)
  41. Feira de Santana (BA)
  42. Fortaleza (CE)
  43. Garanhuns (PE)
  44. Goiânia (GO)
  45. Gramado (RS)
  46. Guaiba (RS)
  47. Guarujá (SP)
  48. Guarulhos (SP)
  49. Ibitinga (SP)
  50. Imperatriz (MA)
  51. Ipatinga (MG)
  52. Iracema (CE)
  53. Itabira (MG)
  54. Itabuna (BA)
  55. Itajubá (SP)
  56. Itanhomi (MG)
  57. Itapevi (SP)
  58. Janaúba (MG)
  59. Jataí (GO)
  60. João Pessoa (PB)
  61. Juazeiro do Norte (CE)
  62. Jurupiranga (SP)
  63. Maceió (AL)
  64. Maceió (AL)
  65. Manaus (AM)
  66. Mandaguari (PR)
  67. Marau (RS)
  68. Mariana (MG)
  69. Maringá (PR)
  70. Mauá (SP)
  71. Mogi – Guaçu (SP)
  72. Monte Alto (SP)
  73. Montenegro (RS)
  74. Mossoró (RN)
  75. Muqui (ES)
  76. Natal (RN)
  77. Nova Iguaçu (RJ)
  78. Nova Lima (MG)
  79. Nova Prata (RS)
  80. Nova Venécia (ES)
  81. Olinda (BA)
  82. Palmas (TO)
  83. Palmeira (PR)
  84. Paulista (PE)
  85. Paulo de Faria (SP)
  86. Paulo de Faria (SP)
  87. Petrolina (PE)
  88. Piracicaba (SP)
  89. Porto Velho (RO)
  90. Pouso Alegre (MG)
  91. Recife (PE
  92. Rezende (RJ)
  93. Ribeirão Pires (SP)
  94. Rio de Janeiro (RJ)
  95. Rio Preto (RJ)
  96. Salvador (BA)
  97. Santa Maria (RS)
  98. São Caetano do Sul (SP)
  99. São Gonçalo (RJ)
  100. São José da Bela Vista (SP)
  101. São Leopoldo (RS)
  102. São Paulo (SP)
  103. São Sebastião (SP)
  104. São Vicente (SP)
  105. Saquarema (RJ)
  106. Seabra (BA)
  107. Serra (ES)
  108. Taió (SC)
  109. Taubaté (SP)
  110. Timbaúba (MG)
  111. Uberaba (MG)
  112. Uberlândia (MG)
  113. Uibaí (BA)
  114. Umari (PE)
  115. Umbaúba (SE)
  116. Vanguarda Paulista (SP)
  117. Varjota (CE)
  118. Várzea Grande (MT)
  119. Vila Velha (ES)
  120. Vitória (ES)
  121. Vitória da Conquista (BA)
  122. Vitória de Santo Antão (PE)




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

E SE NÃO HOUVER TEMPO? ( AND IF THERE IS NO TIME?)

Por Mari Monteiro


Às vezes,  penso que a vida é breve demais, que corremos demais e que vivemos de menos!


Por que não nos demoramos nos olhares dos outros quando falamos? Por que não silenciamos os celulares enquanto conversamos AO VIVO? Por que não dedicamos mais tempo às coisas gratuitas e "leves" desta vida (caminhar de mãos dadas; ver o por do sol; ver bons filmes...)?

Por que não pensamos mais sobre o que ouvimos? E sobre o que falamos? Por que não silenciamos para ouvirmos o som da nossa própria voz?Certamente, gritaríamos menos, falaríamos palavras menos ásperas e mais pausada e serenamente; principalmente no AMBIENTE ESCOLAR.



Em casa ou com nossos amigos... é preciso questionar o tempo - EM QUANTIDADE E EM QUALIDADE - para, mais tarde não passar pela "sofrência" (palavra linda muito usada pelo meu filho Daniel) do arrependimento. Não é nada bom se arrepender; sobretudo, do "NÃO FEITO": do tempo que não passamos juntos; das conversas interrompidas e nunca mais retomadas; das festas em que não fomos...


Principalmente, me ocorreram pensamentos sobre o último instante de cada um de nós. Como fazê-lo perdurar o bastante para um derradeiro olhar nos olhos de quem amamos? Aquele que renunciamos por estarmos ocupados demais trabalhando ou ao telefone... Impossível, creio. Inevitável, assim, pensar que precisamos URGENTEMENTE viver com MENOS URGÊNCIA... SERENIDADE  e com mais, muito mais PROFUNDIDADE.

Tarde pra isso? Se ainda escrevo, e você ainda lê, não é tarde... ainda não!




P.s. Escrito originariamente numa tarde de agosto de 2013, em que tive oportunidade de observar o meu (e o nosso)comportamento alucinado diante de uma rotina robotizada de trabalho e de nenhum resultado concreto o bastante para ter valido a pena... à  exceção da oportunidade de refletir e de escrever o texto acima e DESEJAR mudar, desacelerar... me (RE) HUMANIZAR, enquanto ainda posso.

domingo, 23 de novembro de 2014

FILME RECOMENDADO: INTOCÁVEIS (AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA) - RECOMMENDED FILM: Untouchables (PORTUGUESE LANGUAGE ASSESSMENT)

POR MARI MONTEIRO



Baseado em uma história REAL, o filme INTOCÁVEIS deixa um rico legado ao público. Não há como não se apaixonar por Philippe, o protagonista do filme. Seu olhar, sua SENSIBILIDADE CRESCENTE ao longo da trama... E sua relação com Driss é algo, no mínimo, admirável. Permeado de HUMOR  e de diálogos PROFUNDOS, a obra nos faz refletir sobre a IMPORTÂNCIA DE CADA SEGUNDO DE NOSSAS VIDAS. Uma das falas que jamais esquecerei é  esta: “Tivemos uma linda história de amor juntos. Espero que viva isso ao menos uma vez na vida” (Diz  Plilippe a Driss sobre seu casamento).

A fim de dar continuidade às temáticas desenvolvidas durante o 4º bimestre, envolvendo: AMOR; SENSIBILIDADE e AFETIVIDADE, os alunos do ENSINO MÉDIO, realizaram uma avaliação após a apreciação deste filme magnífico. Seguem a AVALIAÇÃO e, nos próximos dias, ALGUNS COMENTÁRIOS DOS ALUNOS a respeito desta experiência;

Bom TRABALHO e boa leitura a TODOS!

Avaliação Bimestral de Língua Portuguesa:
Profª Mari Monteiro – Ensino Médio

Objetivo: Provocar reflexões que resultem em interpretações bem elaboradas acerca da temática que aborda as RELAÇÕES SOCIAIS baseadas na confiança e no aprendizado significativo. Além disso, esta avaliação objetiva estimular a elaboração de comentários críticos e articulados e de justificativas bem fundamentadas; além de frisar que as respostas devem ser escritas em concordância com a NORMA CULTA DA LÍNGUA.

Observações: Antes das filmagens, François Cluzet encontrou Philippe Pozzo di Borgo e observou os seus movimentos, respiração e fala para desenvolver o personagem.

PREMIAÇÕES e indicações:
► BAFTA 2013 Indicação Melhor Filme Estrangeiro ► CÉSAR 2012 Ganhou Melhor Ator - Omar Sy
► OSCAR 2012
 
Melhor Atriz Coadjuvante - Anne Le Ny Melhor FotografiaMelhor Edição Melhor Roteiro Original Melhor Som (http://www.adorocinema.com/filmes/filme-182745/curiosidades acesso em 02/11/2014) 
Indicações Melhor Filme Melhor Diretor - Eric Toledano e Olivier Nakache Melhor Ator - François Cluzet.


1 – Justifique o título do filme:


2 - Caracterize PSICOLOGICAMENTE os personagens:

a)      Philippe:
b)      Driss:


3 - De acordo com seu ponto de vista, o que fez com que Driss conseguisse o emprego de “cuidador” e permanecesse nele?


4 – Elabore um comentário crítico sobre a relação que se estabelece entre Driss e Philippe no decorrer da trama:


5 – Escreva suas IMPRESSÕES sobre a cena em que Driss dança na festa de aniversário de Philippe, de modo a enfatizar a reação de Philippe:

 6 – De acordo com o dicionário, CARÁTER significa: (latim character, -eris, sinal, marca) substantivo masculino: 

1. O que faz com que os entes ou .objetos se distinga entre os outros da sua espécie.

2. Marca, cunho, impressão.

3. Propriedade.

4. Qualidade distintiva.

5. Índole, gênio.

6. Firmeza.

7. Dignidade.


"Caráter", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/Car%c3%a1cter [consultado em 02-11-2014].


► Diante disso, reflita sobre o perfil de Driss e escreva o que define o caráter de uma pessoa segundo sua opinião:

 7 – Ao indagar Driss sobre a importância da Arte, Philippe diz: “É só o que alguém deixa na sua passagem na Terra.” Considerando o sentido mais AMPLO da palavra “arte”, elabore um texto reflexivo sobre a referida afirmação. (mínimo de 10 linhas):



8 – Pensando sobre o conceito de AMOR VERDADEIRO, desenvolvido e discutido durante este bimestre, de acordo com suas convicções, seria possível uma relação de amor verdadeiro com uma pessoa nas condições de Philippe? Justifique sua resposta através de um TEXTO ARGUMENTATIVO:


Ps. Oficialmente, esta é, literalmente, nossa ÚLTIMA AVALIAÇÃO ESCRITA.  Desejei muito que ela fosse especial e significativa. O tema: relações humanas não foi escolhido aleatoriamente. A escolha se deve ao fato de que desejo que nossas relações sejam mantidas: de longe ou de perto; como boas lembranças... Desejei, ainda, rir com vocês durante este processo, porque ensinar e aprender apenas acontecem quando estamos FELIZES! Tudo de melhor para você! SEMPRE!




quinta-feira, 20 de novembro de 2014

EX - PSEUDOAMORES - VERSÃO DIÁRIO DE SETE DIAS - DIA SETE

POR MARI MONTEIRO





SÉTIMO DIA

Neste último dia... Quero dizer do meu APRENDIZADO sobre amar e ser amado.  Justamente porque este é um blog de educação, é que cabem aqui estes relatos. AMAR TAMBÉM É ALGO QUE SE APRENDE. Aprendi escrevendo sobre minhas experiências no artigo original “EX-PSEUDOAMORES”. Aprendi com meus alunos e leitores que postaram comentários e dissertações... E aprendi mais um pouco nestes sete dias de breves relatos.


Não me despeço de vocês neste dia e, muito menos, me despeço da temática relacionada ao AMOR. “VEZENQUANDO”, como escrevia, Caio Fernando Abreu (SUPER RECOMENDO), estarei às voltas com este tema aqui no blog.




Hoje, o sentimento predominante em mim é a ESPERANÇA. Não a esperança relacionada ao “verbo esperar”, em que a pessoa simplesmente estagna e espera que algo aconteça... Assim, “do nada”. Sinto em mim uma esperança que me impulsiona; que faz com que eu acredite em dias melhores e; por isso, me move...


Pratico a percepção dos “sinais”. O que não é nada fácil. Por vezes, me dou conta deles apenas depois que já ocorreu algo relacionado; outras vezes, a correria nos cega. Fato é que, sob meu ponto de vista, eles existem e dão conta de nos guiar, se assim permitirmos.






Tenho uma amiga querida chamada Mayra Santos. Uma excelente profissional, das melhores que já conheci na vida. Numa conversa antes do inicio das aulas de hoje, ela me contou que iria fazer uma BRINCADEIRA AFRICANA com seus alunos (2º ano FI), para introduzir uma conversa sobre o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.  Encantei-me com a brincadeira e com a atividade que as crianças fariam. Todos juntos iriam fazer uma bonequinha chamada ABAYOMY; mentalizando os melhores pensamentos e depois trocariam entre si; a exemplo das escravas que, nos porões dos navios, faziam esta bonequinha de tiras rasgadas das barras das saias, davam nós nas tiras para dar a forma de boneca. Depois as entregavam para seus filhos, pedindo que eles as guardassem como um amuleto de proteção e de boa sorte, já que elas não sabiam o que lhes aguardava em terras distantes.


Fui para minha sala pensando sobre esta história e entendi que se tratava de um aprendizado SIGNIFICATIVO. Nunca mais estas crianças esquecerão como são feitas as bonequinhas. Enfim, num determinado momento, quem me chama na porta? A Professora Mayra segurando uma bonequinha ABAYOMI e me presenteando com ela. Não ousarei descrever minhas emoções. Só sei que isso fez muita diferença no meu dia e fará, também, na minha vida.



Até breve.
Mari Monteiro – 19/11/2014



terça-feira, 18 de novembro de 2014

EX - PSEUDOAMORES - VERSÃO DIÁRIO DE SETE DIAS - DIA SEIS

POR MARI MONTEIRO


SEXTO DIA

Hoje pensei muito nas coisas que seria capaz de fazer por amor. Fiquei surpresa com o tamanho da lista. E mais surpresa ainda quando descobri que já fiz praticamente tudo que consta nela. 





Por exemplo, uma  atitude que CONSIDERO BÁSICA: “ desejar todo dia o mesmo homem”... Na letra da música de Frejat, percebemos que ele “brinca” como algumas atitudes no sentido de expressar a grandeza de seus atos em relação à mulher amada.



Acontece que, ao pensar no que faríamos pela pessoa amada, inevitavelmente, pensamos s e a pessoa amada faria o mesmo... A mim, não me interessa a resposta. Quem conhece, neste momento, pensou algo do tipo: “Nossa! A Mari, que sempre fala da importância da RECIPROCIDADE, dizendo isso!”.  Não mudei de ideia: continuo priorizando a RECIPROCIDADE. Ocorre que tenho aprendido que amar é tão ou mais prazeroso para quem ama do que para o ser amado...


Explico melhor; SINTO PRAZER AO DAR PRAZER. É como no vídeo do Primeiro Dia do Diário em que a monja diz que, quando o amor é genuíno, a declaração deste amor é mais ou menos assim: “Eu te amo e quero que VOCÊ SEJA FELIZ, se me incluir nos sonhos, ficarei feliz também... se não, te deixarei ser feliz porque te amo!” Ainda não alcancei  este nível de elevação espiritual (rsrsrs). Quando  se trata do amor “do apego”, a pessoa diz: “Eu te amo e você me fará feliz!”



Por enquanto, só tenho certeza de que estou no caminho certo. Como eu sei? Através da análise da lista que fiz. 90% do que já fiz por amor sequer me incluía e, ainda assim, de tanto amar, me sentia feliz. Já sei! Quem leu até esta parte deve estar falando coisas assim: “Que idiota!”; “Eu devo estar sempre em primeiro lugar”... Respeito todos os posicionamentos; mas, acredito que quando o amor é genuíno, ele é grande o bastante para os dois... Amo o outro e ainda sobra muito AMOR PRÓPRIO. A propósito, tenho quase certeza de que uma coisa depende da outra. Quem não sabe amar genuinamente, NÃO POSSUI AMOR PRÓPRIO... Por quê? Porque desconhece a forma mais sublime de amar. Simples assim!

(To be continued)

Mari Montei 18/11/14

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

EX - PSEUDOAMORES - VERSÃO DIÁRIO DE SETE DIAS - DIA CINCO

POR MARI MONTEIRO




QUINTO DIA

Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinicius de Moraes
Hoje confesso que o sentimento que predominou em mim foi saudade.  Até mesmo “Saudades de tudo que eu ainda não vi.” (R. Russo). Deve ter sido porque sonhei com meu pai. Foi mais uma lembrança “revivida” do que um sonho.  Pode isso? Sonhei com o dia em que ele, não muito sóbrio como sempre, cismou de andar comigo e com umas colegas pela rua. E acho que eu quis pegar uma flor no muro de uma casa e não alcancei. Foi então que ele, se achando com superpoderes, subiu no muro, pegou a flor e se estatelou no chão... Acho que eu teria achado muita graça nesta cena, se ele não estivesse bêbado. Porque ouvi alguém dizer: “Caiu de bêbado!”



Mas, o que ficou daquele dia e do sonho de hoje foi olhar para flor na minha mão e sorrir. Lembro-me da textura e da cor. Era um hibisco, uma flor comum na vila, numa época em que quase todo mundo tinha um pé de hibisco no quintal, porque ainda havia quintais.



Impressionante como nossa memória guarda coisas tão antigas. É realmente como diz Rubem Alves: “O que a memória ama, fica eterno.” Uma coisa que tenho de muito bom (ao menos, sob meu ponto de vista), é que minha memória se lembra de todas as coisas boas, por mínimas que tenham sido. Quanto às coisas ruins, ela não imprime profundamente... Da maioria já me esqueci. No entanto, algumas delas; poucas, mas profundas, doem... E muito. Algumas lembranças, quando vem à tona, trazem consigo uma intensidade tamanha que sinto o aroma do perfume que usava; a temperatura do meu corpo... Se eu sentia frio ou calor.



Enfim, a palavra que regeu meu dia foi SAUDADE. E saudade nunca é um sentimentos solitário. Ocorre sempre uma espécie de reação em cadeia; uma lembrança vai puxando a outra e, quando a gente se dá conta, já voltou décadas no tempo se lembrando de momentos bons... Únicos. Não canso de dizer: “A VIDA NÃO TEM REPLAY”. Daí minha vontade de fazer  como disse Vinicius de Moraes: " VIVER CADA SEGUNDO COMO NUNCA MAIS." Lembranças são recordações meio desfocadas do ocorrido que, se fica por muito tempo sem ser lembrado, vai desbotando, perdendo a cor, o brilho até que a gente não se lembre de mais nada...



(To be continued)

Mari Monteiro – 17/11/2014





domingo, 16 de novembro de 2014

EX - PSEUDOAMORES - VERSÃO DIÁRIO DE SETE DIAS - DIA QUATRO

POR MARI MONTEIRO

QUARTO DIA


Hoje, de tão atarefada, quase me  esqueci do diário... Como passei à tarde trabalhando no computador e ouvindo Legião Urbana. Pensei muito sobre algumas letras. Uma delas é “A DANÇA!”

Não sei o que é direito
Só vejo preconceito
E a sua roupa nova
É só uma roupa nova
Você não tem idéias
Pra acompanhar a moda
Tratando as meninas
Como se fossem lixo
Ou então espécie rara
Só a você pertence
Ou então espécie rara
Que você não respeita
Ou então espécie rara
Que é só um objeto
Pra usar e jogar fora
Depois de ter prazer. (...)

Link: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/a-danca.html#ixzz3JGOFfmFn

Em especial esta primeira parte da letra me fez lembrar a existência de PESSOAS FÚTEIS. Aquelas que superestimam os bens materiais, acreditando que neles reside todo o valor; aquelas que praticam uma  completa INVERSÃO DE VALORES: trocam os bens materiais pelos sentimentos. 
Mas, logo, me acalmo. Porque, sei de muitas histórias em que este tipo de pessoa apostou tudo nos bens materiais, tratando a todos “como se fossem lixo”, e hoje vagam solitárias pela vida.  Aos olhos da sociedade, são abastadas; pois, vagam pelas ruas com seus carros do ano e com suas sacolas de lojas de grifes e, nas baladas, estão sempre acompanhadas; afinal, quem não quer beber e comer de graça, se divertir “na faixa”. Contudo, o final de todo mundo que age de forma interesseira (não confundir com interessada ou interessante srsrsrs) é a solidão, Pois, quando fecha a porta de seu luxuoso quarto, está só! Literalmente só, (mesmo que tenha alguém ali, será só de corpo presente)...  Enfim, não existem conversas demoradas; outros braços para aconchegar-se... 


Ter dinheiro é bom? Sim! Bens materiais luxuosos? Também! Mas é preciso ser muito GENTE BOA para que tais coisas não se tornem uma espécie de cabresto. E, de mais a mais, as pessoas que conheço e que tem mesmo muito dinheiro, são SIMPLES. E; justamente por serem simples, aprenderam que o que vale é o AFETO; a SAÚDE; o COMPANHEIRISMO... 
Sabe o que é mesmo muito bom? De verdade? Você não ter nada de valioso em termos materiais e, ainda assim, ENCONTRAR AMORES PELA VIDA; amores verdadeiros sejam passionais, fraternais... Sem moeda de troca; mesmo porque eu NÃO TENHO NADA ALÉM DE MIM para oferecer. E é uma sensação sublime saber que, para AQUELES QUE TE MERECEM, isso basta!  E, pra finalizar, se dinheiro fosse realmente TUDO: nenhum rico padeceria de doença alguma ou sofreria por amor!



 (To be continued)

 Mari Monteiro – 16/11/14

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