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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CYBERBULLYING: ISSO PODE MACHUCAR!

POR MARI MONTEIRO





Não é algo novo. O nome é que tem sido mais divulgado pela mídia. A expressão cyberbullying refere-se a uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar outrem. Como tem se tornado mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens. Atualmente legislações e campanhas de sensibilização têm surgido para combatê-lo. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cyberbullying)

Sempre afirmo que A PALAVRA TEM PODER. Muito poder. Imagine palavras associadas a imagens, fotos, vídeos, montagens etc.! De um modo geral, quando ocorre o cyberbullying, ele está acompanhado de tudo isso. O que faz com que a vítima  sinta-se duplamente agredida devido ao apelo visual e a exposição da imagem. O constrangimento advindo desta prática pode trazer sérios danos MORAIS, PSICOLÓGICOS e até FÍSICOS.

No Brasil, assim como em outros países, há como recorrer à lei. “(...) O Poder Judiciário não está silente tampouco inerte ou ausente frente às demandas que têm tratado do problema.Tanto assim que na esfera cível muitas condenações tiveram por base os atos de bullying ou cyber bullying, inclusive por atos praticados por menores. O dano moral é evidente e inconteste nos casos em que se trata do cyber bullying ou do bullying e não são poucas, nem irrisórias as indenizações que se aplicam aos bullies (agressores ou praticantes do bullying). É o caso dos Tribunais de Minas Gerais, São Paulo e Paraná que entre os anos de 2008 e 2011 julgaram inúmeros casos relacionados a danos morais decorrentes do uso impróprio do site de relacionamentos , lesando a honra das vítimas. (...)” (http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10882)

Contudo, são raras as vítimas que denunciam  e procuram ajuda. Não há ORIENTAÇÕES SATISFATÓRIAS – na maioria dos casos – por parte das escolas e das famílias sobre como o indivíduo deve proceder. Fato é que não se pode permitir que este tipo de hostilidade  fique  impune. Pois, a médio ou longo prazo, os acontecimentos (ou fragmentos deles) podem trazer à tona sérias consequências para a vítima, comprometendo seu desenvolvimento global. Os efeitos disso podem ser catastróficos e surpreendentes. A vítima tanto pode se tornar acuada e extremamente  tímida, como pode se tornar violenta. Prova disso são os inúmeros casos de ex - alunos que voltam às suas antigas escolas atirando a esmo, provavelmente como uma forma equivocada e criminosa de extravasar sentimentos represados por um longo período.



Daí a necessidade de dar atenção a estes casos; acompanhar MAIS DE PERTO os sites de relacionamento frequentados pelos jovens, auxiliando-os na tarefa de FILTRAR o que postam e o que é postado. É fato que na internet há muito mais ASPECTOS POSITIVOS que negativos. Porém, na mesma proporção que o indivíduo se sente feliz ao ser elogiado numa foto ou postagem, ele se sentirá desconfortável quando ocorrer qualquer forma de HOSTILIZAÇÃO. A frase mais ouvida no meio escolar quando a questão é abordada é: “FOI ZUEIRA PRÔ! PEGA NADA!”. Em alguns casos, a própria vítima comporta –se de modo subserviente ora por ser “cúmplice” (manifestando uma necessidade de se destacar no grupo), ora por temer represálias.

Além da atenção dispensada  aos sites  ( que cabe única  e exclusivamente à FAMÍLIA)e do CONSTANTE DIÁLOGO com  os jovens (onde cabe uma parceria entre escola  e família), recomendo aos  pais e professores que assistam ao filme “CONFIAR”. 




Confira a sinopse: “Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) têm três filhos. Enquanto um está prestes a entrar para a faculdade, a filha do meio, Annie (Liana Liberato), começa a apresentar os sintomas comuns das adolescentes que querem se parecer mais velhas e ser aceitas entre seus pares. Publicitário bem sucedido e  envolvido com a profissão, Will procura ter uma relação de confiança com os filhos, mas Annie inicia um relacionamento no computador com um jovem de 16 anos e dá continuidade através do telefone. Sem que seus pais soubessem, ela aceita o convite dele para um encontro, mas a surpresa que ela tem no primeiro momento é só o começo de um pesadelo que marcará para sempre a sua vida e a de sua família.” (http://www.adorocinema.com/filmes/filme-174066/)

Para finalizar, recomendo ainda muita atenção à mudança de comportamento da vítima de cyberbullying  e ao último  DIÁLOGO entre a filha e seu pai. IMPAGÁVEL!

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