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EDUCAR É, ANTES, SENTIR... E TODOS SÃO CAPAZES DISSO.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

ANO NOVO: PRESENTE DO INDICATIVO

POR MARI MONTEIRO

Conheci uma pessoa que, em determinado dia da semana, numa destas tardes mornas, dizia: “VAMOS TOMAR UM SORVETE E BRINDAR O ANO NOVO?”. “VAMOS TOMAR UM VINHO E BRINDAR O ANO NOVO?” E brindávamos o Ano Novo, por decreto nosso, em qualquer dia ou mês do ano. Bastava sentir vontade! Isso revigorava nossas esperanças. Sorríamos e recomeçávamos de onde havíamos parado. Essa pessoa já não está entre nós. Mas ainda sigo seus ensinamentos. Decreto que  meu ano novo é numa quinta- feira à noite, 22 de agosto e brindo.  E recomeço diferente, de onde parei.

Para ser politicamente correta, geralmente não sou e nem me importo muito com isso... Mesmo porque aqueles que mais apregoam este clichê são as pessoas mais hipócritas de que eu tenho notícias. Pois, na maioria das situações em que temos de ser politicamente corretos, estamos vivenciando momentos de tensão e de medo; logo, se formos politicamente corretos e não “EXPLODIR”, estaremos sendo hipócritas... Ao menos conosco mesmos. Mas, retomando a expressão “politicamente correta”, o Ano Novo simbolicamente é o primeiro dia de cada ano.

Diante disso, penso na questão da energia que deve pairar no ar nesta noite, mais precisamente “na virada”. A contagem regressiva marca, então, o fim de um ciclo e o recomeço de outro.  Isso me remete à vontade de MUDAR ou de que algumas coisas mudem (pra melhor, de preferência). Daí o título do artigo: se a essência do Ano Novo é a MUDANÇA, então que seja no momento da virada e constantemente.  Na minha cabeça, isso corresponde a conjugar o VERBO MUDAR no presente do indicativo: EU MUDO; tu mudas; ele muda, NÓS MUDAMOS; eles mudam. Foi aí que percebi, mais uma vez, que a mudança começa por mim: “EU MUDO”... E quiçá, com o tempo, as circunstâncias à minha volta mudem...

Sendo assim, decreto meu Ano Novo muitas e muitas vezes durante o ano. É tranquilizador, saber que não preciso esperar um ano inteirinho para fazer pedidos; “pular as sete ondas”; comer sete uvas; fazer brindes; fazer orações; agradecer; abraçar; fazer uma lista das COISAS BOAS que aconteceram (que sempre é maior que as ruins... Mas, seres humanos que somos, tendemos a superestimar as ruins.); fazer promessas... Posso fazer isso no dia em que eu quiser e até várias vezes ao dia.

Outra coisa que aprendi, na medida em que cresci e perdi algumas pessoas amadas, é o entendimento sobre o que levaremos daqui (desta terra em que pisamos): A casa? A mobília? As roupas e sapatos? Os aparelhos eletrônicos? Nenhum bem nos salvará de nossa EMPÁFIA e ARROGÂNCIA. O que ficou de quem se foi? Lembranças, cheiros, imagens que tenho medo que se apaguem da minha mente... , o timbre da voz (morro de medo de esquecer como era a voz do meu pai, muito embora eu tenha ouvido muitos gritos dele)... Ainda preferiria seus gritos à sua ausência. O QUE FICARÁ DE MIM QUANDO EU PARTIR? Que lembranças  eu deixarei aos meus amigos, ao meu filho?

Outro motivo para não esperar pelo último dia do ano: como não sabemos quando será a última vez que fitaremos a íris de quem amamos, devemos colher cada momento. Celebrar cada DIA NOVO! Deitar-nos sem arrependimentos causados por PALAVRAS MAL DITAS ou por PALAVRAS NÃO DITAS. 

Eu, Mari, por exemplo,  sei bem do que preciso para continuar a ser feliz, claro que os vazios doem. A cada ano falta alguém na hora do abraço... E uma lágrima de saudade sempre escapa no cantinho dos olhos. Mas é apenas saudade, sem remorsos por não ter passado mais tempo juntos ou por não ter dito “EU TE AMO”. Todos dizem (mas EU NÃO SOU "TODOS"!) que não é preciso dizer “eu te amo”, que o que valem são as atitudes. Além de achar isso brega e clichê, penso que atitudes dignas para com quem se ama é um dever recíproco; é o mínimo que se deve fazer quando estamos com a pessoa amada. PRECISAMOS (ao menos, eu... Sem vergonha de assumir   rsrs) OUVIR QUE SOMOS AMADOS! Por que, de um modo geral, é tão mais fácil de dizer: “Que raiva de você!” do que “Quanto amor tenho por você!”?

Por isso , a qualquer momento que você queira, estarei aqui, à sua espera, com uma taça na mão para brindar um NOVO ANO; comemorar e AGRADECER coisas como:

- Os ABRAÇOS demorados. Aqueles que já acontecerão e os que estão por vir.
- Os AMIGOS verdadeiros, mesmo que sejam poucos.
- O AMOR que somos capazes de oferecer e o AMOR que recebemos.
- A que nos acompanha e a força de busca-la quando nos sentimos enfraquecidos.
-A LUZ que nos guia quando nos damos conta de que caminhar sozinho é uma forma egoísta de morrer em vida.
-Os REENCONTROS, que só foram possíveis pela dor do desencontro.
- O PERDÃO que já chegou ao nosso coração e os pedidos que ainda virão.
- A FAMÍLIA que nos aceita. E a volta da família desfeita.
- A SAÚDE que nos permite agir e reagir. E aqueles que cuidaram de nós quando não estávamos tão bem assim.
- Aos OLHARES que, mesmo silenciosos, nos dizem muito.

Com afeto,
Mari.




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

SOBRE A “MAGIA” DO NATAL: SÓ PARA ADULTOS! (ABOUT THE "MAGIC" CHRISTMAS: ONLY FOR ADULTS!)

POR MARI MONTEIRO



Sobre o título, a expressão "só para adultos!' refere-se ao respeito que tenho pela INFÂNCIA e pelos SONHOS que toda criança acalenta, mas que... Nem todas vivenciam. Além de tudo este artigo é o que classifico como uma leitura um tanto "ÁCIDA"; porém, necessária... Pensar é preciso.



Quantas vezes durante o ano ouvimos frases como: “Feliz dia”; “Próspero amanhecer”; “Que seu próximo dia seja repleto de paz, saúde e harmonia”??? Eu, particularmente, recebo cumprimentos sinceros de meia dúzia de pessoas por dia.  Mas, no natal, essas  frases se multiplicam  assombrosamente. E abraços afetuosos? Quantos? De quem? Daí minha tentativa de entender o que ocorre no mês de dezembro. E, já que se trata de uma tentativa, minhas especulações estão abertas à exposição de qualquer discordância da sua parte.


Tenho diversas conjecturas a respeito do fenômeno da APROXIMAÇÃO entre as pessoas no natal.  Primeira: INTERESSE. Talvez, se eu demonstrar interesse carinho, as pessoas retribuam com presentes. Segunda: APARÊNCIA. A necessidade de fazer o que todos fazem. É natal e todos enfeitam suas casas; montam árvores; se empanturram de comida; trocam presentes; logo, não posso ficar de fora, porque não tenho CORAGEM DE SER AUTÊNTICO. Terceira: HIPOCRISIA. Em minha opinião, a conjectura que mais se aproxima do que eu acredito enquanto explicação para a “magia do natal”. 


(...)


Pensei muito... Não conjecturo mais. É hipocrisia e pronto. Explico. Há pessoas que não vejo há anos; mas que se eu encontrar no natal, elas saberão que os abraços e as palavras serão sinceros. Em contrapartida, convivo diariamente com inúmeras pessoas que, se me abraçarem ou proferir os famosos clichês natalinos, eu saberei se há sinceridade.  Como? Simples. Passa um “filminho” na minha cabeça (sou boa nisso rsrs) e vejo a qualidade da nossa convivência. É aquilo que Renato Russo dizia; “QUEM ESTÁ AGORA AO SEU LADO? QUEM PARA SEMPRE ESTARÁ?”


E o Papai Noel? Gente, quem é ele? Ele já foi à sua casa? À minha, NUNCA. Para mim, não passa de mais uma “pagação de pau” para Santa Claus, o abastado papai Noel dos norte – americanos e para os europeus igualmente abastados. Sei que, a esta altura do artigo, a maioria dos leitores, pensarão nesta palavra: RECALQUE! Coisa de pobre. Posso garantir que não é. O que me incomoda não é a festa em si; mas a hipocrisia, o consumismo e a desigualdade (que salta aos olhos) nesta época do ano. Tudo é potencializado. Por que não trocar presentes, ser solidário e carinhoso o ano todo? Por que reunir a família somente no final do ano? Para mim, Papai Noel não passa de um FUNCIONÁRIO MAL PAGO DO CAPITALISMO SELVAGEM.



Para não dizer apenas da minha indignação, faço o máximo para ver o lado bom disso tudo. Vejamos. As pessoas fazem cestas de natal e presenteiam famílias carentes (aplausos!!!); E O RESTO DO ANO?  As famílias se reúnem (aplausos!!!); E DURANTE A VIDA INTEIRA? Recebemos palavras otimistas e de conforto (aplausos!!!); QUEM ME DISSE ALGO SEMELHANTE QUANDO MAIS PRECISEI? É o tempo de esquecer e perdoar (aplausos!!!); O ARREPENDIMENTO É SINCERO? Lembramo-nos e até fazemos orações para aqueles que não estão mais entre nós (aplausos!!!); O QUE FIZEMOS POR ESTAS PESSOAS EM VIDA? Então... Tentei. E?

Fato é que sou visionária demais. Não gosto de miséria; contudo quando se trata de POBREZA DE ESPÍRITO. Fazemos promessas e firmamos compromissos conosco mesmos no final do ano e não cumprimos; ou seja, não somos fiéis nem a nós mesmos. Guardamos rancor, falamos por trás das pessoas; não dizemos “eu te amo” para familiares e pessoas que nos são caras... Mas, no natal, a “MAGIA” faz isso acontecer! Então isso é bom? Não! Seria bom se fôssemos tão GENTIS, AMOROSOS, SOLIDÁRIOS, EDUCADOS, SORRIDENTES E CARINHOSOS, como somos no Natal, durante o ano todo. Aí sim o Natal faria sentido pra mim.



E quanto à máxima que o “protagonista” do Natal (que não é o Papai Noel com seu saco de presentes!) nos deixou? “AME AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO?” Quem é nosso próximo? Façamos uma lista. Há algum morador de rua nela; alguma criança órfã; idosos doentes; crianças com câncer?

Durante o ano (não raro, durante uma vida inteira...) vale, de novo, o que R. Russo cantou: “CADA UM DE NÓS IMERSO EM SUA PRÓPRIA ARROGÂNCIA, ESPERANDO UM POUCO DE ATENÇÃO.” Mas, de repente, como num passe de mágica, nos transformamos em seres humanos mais  HUMANOS; GENEROSOS; FELIZES... Isso não cabe na minha cabeça. Terá ceia na minha casa? Não sei. Presentearei quem amo? Sim... Mas faço isso o ano todo. Direi do meu amor pelas pessoas? Sim... Mas faço isso o ano inteiro.  Arrepender-me-ei de algumas coisas? Talvez de algumas... NÃO FIZ ISSO O ANO INTEIRO! Farei promessas a mim mesma? Não. Ainda não cumpri um décimo dos combinados comigo mesma durante todos os finais de ano que vivi.

Portanto, meus amigos, desejo lhes uma FELIZ EXISTÊNCIA. Que todas as “coisas” que vocês consiguirem comprar para o natal sejam possíveis para todos e que vocês SEJAM e FAÇAM as pessoas muito felizes através dessas “aquisições”.  E que as palavras OUVIDAS e PROFERIDAS possam fazer parte do repertório de todos durante o resto da vida.  Que a tal “magia do natal” não desapareça no dia 26 de dezembro, tão efusiva e bruscamente como chegou.  E isso não são PROMESSAS, são DESAFIOS! Fica aqui o espaço aberto a todos que queiram discordar; reforçar; refutar... Enfim, este espaço é seu! 

COM AMOR E AFETO, MARI.





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

AFETO E APRENDIZADO

Por Mari Monteiro

TERCEIRÃO - 2013: RETA FINAL...


Não é necessário tanto tempo assim para que eu me apegue às pessoas. Sou daqueles seres humanos que não sabem viver sozinhos. Inclusive, daqueles que respeitam a máxima bíblica: “Ame ao próximo como a ti mesmo”.
Ai meu Deus! Faltam muitas pessoas nesta foto...






Além disso, amo fácil,
fácil... Talvez com a mesma intensidade de quem nunca deixará de insistir no amor, em detrimento de toda e qualquer decepção.




















Muito provavelmente, isso aconteça porque acredito em “TODA FORMA DE AMOR” (plagiando Lulu Santos). Amo a todos com quem eu convivo, em diferentes níveis de intensidade e de apego. E, se não amo mais, porque ninguém é perfeito... Não desejo o mal, afinal não saberei mais a quem não amava... (Nessas horas é bom não ter boa memória rsrrsrs).  















































Uma coisa é certa, quanto mais amo, mais quero perto, mais quero bem, mais sofro  a ausência e mais RESPEITO a pessoa amada.



























Com os amigos do “TERCEIRÃO”, é assim... Não amo a todos de forma igual, mas AMO A TODOS. Nunca desviei o olhar, fugi de uma conversa franca, nunca fingi ser outra pessoa. Mari: simplesmente Mari.  Eu e eles.











 Foram anos permeados de manhãs fáceis e agradáveis e de manhãs não tão fáceis e nem tão agradáveis assim, mas nunca sozinhos... UNS PELOS OUTROS.




Desejo que antes de partirem, saibam de algumas coisas que, por falta de tempo, deixei de dizer (ô aula que passava rápido!!!).  Para que cada um de nós se encontre nestas falas, vou escrevê-las em forma de tópicos (BEM PROFESSORA MESMO AGORA HEIN???kkkk):









- Sem CUMPLICIDADE, não há aprendizado. Somos cúmplices.

- Sem AUTENTICIDADE, não há reconhecimento. Nós nos reconhecemos.

- Sem RESPEITO, não há amizade. Somos amigos.

- Sem ALEGRIA, não há prazer. Temos prazer em estar juntos.

- Sem ESFORÇO, não há recompensas. Temos o saber como recompensa.

- Sem LÁGRIMAS, não há o transbordamento dos sentimentos. Nossos sentimentos transbordaram algumas vezes.




Desejo também que saibam de mais umas “coisinhas” (BEM AMIGA MESMO AGORA HEIN???kkk)

- Protejam-se contra o Mal. Ele está em todos os lugares.

- Não sumam da vida uns dos outros. Sozinhos, somos fracos.

- Fiquem próximos aos seus familiares, não existem pessoas que lhes queiram melhor que eles neste mundo.

- Façam boas escolhas. O que não significa que serão escolhas fáceis.

- Digam “eu te amo”, sem moderação, mas com muita HONESTIDADE.

- Alimentem suas almas com: BOAS MÚSICAS; BONS LIVROS; BOAS CONVERSAS; PRECES.

- Cultivem a HUMILDADE. Pessoas arrogantes nunca conseguem chegar muito longe.

-  E, por fim, lembrem-se de mim. Porque me lembrarei de vocês POR TODA MINHA VIDA!!! SEJAM FELIZES! MUITO FELIZES!




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